Solstice Rider é uma banda de Death Metal Melódico/Folk formada no ano 2020 pelo teclista-compositor e produtor americano, Jeremy Bluteau do Estado de Maryland.
As músicas de Soltice Rider exploram conceitos e temas relacionados com a condição humana usando o universo da fantasia e do imaginário de várias artes.
Este projeto foi inicialmente pensado para ser a solo, mas Jeremy Bluteau percebeu durante o processo de criação que iria necessitar de colaborar com outros músicos para concluir o seu trabalho.
Assim lançou o repto nas suas redes sociais e a ele juntaram-se vários músicos portugueses para colaborarem com a sua arte e habilidade, nesta ideia.
by Beatriz Mariano |
Logo em Dezembro do mesmo ano, foi lançado o 1º álbum de estreia Suffer to Glory que já conta com mais de 100 mil audições no Spotify e que hoje apresentamos aqui.
Segundo a revista online de música Ultimate Guitar: 'É incomum ouvir falar de música folk metal épica originária dos Estados Unidos. No entanto, aqui está um lançamento glorioso na melhor tradição, semelhante ao início de Equilibrium e de Finsterforst. O projeto de Jeremy Bluteau revisita temas clássicos sobre natureza, espírito, batalhas épicas e glória.' Também na Metal Gods Melt Down o JB descreveu a banda com um som 'Etéreo, Agressivo, Épico e Cerebral'.
Podem ouvir todo o álbum Suffer to Glory no canal Youtube da banda
O artwork e imagens dos discos foram idealizadas pelo líder da banda em conjunto com dois artistas. No início em 2019, foi convidado o Kaustav e depois de partilharem ideias chegaram ao Logo, mais tarde foi convidado o artista Yuri Chuchmay para a criação desta arte visual com a orientação de Jeremy e apresentada aqui nas suas Capas.
Conversámos em entrevista com o líder da banda Jeremy Bluteau que passamos a transcrever e também traduzida em português.
EN
SFTD: Hi! Thank you for talking with SFTD Radio from Portugal, this interview makes particular sense because you have been working with some of our portuguese metal musicians, right?
JB: Hi there! Yes, Solstice Rider is a band from the United States and it began as a one man melodic death metal project.
Solstice Rider was initially gonna be just me, but I found that I was not able to balance my day job with Solstice Rider and I began collaborating with others.
On the internet I was meeting new people and then I found João Corceiro.
He took an interest in the music and I took an interest in his abilities and we began to collaborate from there.
Over time he fell in love with the music and our partnership was very lucrative, he introduced me to his colleagues and that is how we began working with Portuguese musicians and engineers. Our Lead vocalist Chris comes from the United Kingdom and we hit it off very well and he has been a member since earlier this year and it has been an amazing partnership.
SFTD: So first of all how did this project of yours start?
JB: I've been writing music for well over a decade, I started writing euro style power metal back in 2009 when I was 15 and over the years it evolved into what Solstice Rider is now.Some of our first songs were written back in 2017. Almost all of our album Suffer to Glory was written in 2021 and it happened so quickly.
SFTD: How did it become an internacional search for musicians and artists to invite to record with you in this project?
JB: I was on the internet looking for collaborators and somehow I found friends in Portugal. I never thought to myself, "I'm gonna look for help from Portugal". It just happened that way and I'm very happy it did since there are so many talented people here.
SFTD: As the next generation of metal musicians, like you and your band mates in this project, do you think that technology is the key for making and sharing art with these new mechanisms and ways of selling in digital forms and stuff, do you think this will be the future? Or physical formats will still be here for a while?
JB: Physical formats will always be here to stay, as it has a very dedicated niche. However, utilizing the latest technology and leveraging digital is absolutely the most effective way to be competitive in this new landscape.
This next generation of metal musicians are going to operate more like Internet influencers than just a band hitting the road going from country to country and city to city. Especially with rising costs for touring I think we'll see less touring and more Internet presence.
That being said it may not necessarily be a bad thing after all it will make live shows a lot more high value and intimate. You could say ...Quality over quantity.
SFTD: About the Portuguese musicians that are working with you in this project, how did you choose them and was it easy to consolidate ideas and record the tracks even miles away over the Atlantic Ocean and not knowing any of them personally? How did that work? Music is the most internacional language we know but I mean you must connect in some way to make it work right? How was that process?
JB: I guess the simple answer is...I chose them based on their abilities first but then as I got to know them it definitely became a matter of personality as well.
As Solstice Rider has grown I have a lot more liberty to choose who to work with and so given that Portugal has so many talented musicians, at this point a lot of it is based on how well our personalities are able to jive together.
SFTD: In some ways many countries are not so advanced in technology or the use of it to follow up, so International Festivals and Live concerts are most of the times the best way to show art, like here in Portugal.
So would you ever be available as a band for live shows in the near future? Do you think that's doable with all these collaborations from foreign musicians?
JB: Playing live in the future is definitely in the cards, how that will manifest and when is completely dependent on our ability to continue growing our fan base.
If we have enough of a following in a country it would make sense to tour there.
I just want to thank all the fans, especially the fans in Portugal for being so amazing and supportive.
Portugal will always have a special place in my heart as I've met so many amazing people there. It is my desire to come visit very soon and hang out with everyone and we hope to be touring there very soon.
Thank you Jeremy for this short interview and hope to see all of you soon on stage, of course here in Portugal!
PT
SFTD: Olá! Obrigado por falar com a Rádio SFTD de Portugal, esta entrevista faz particular sentido porque tem trabalhado com alguns dos nossos músicos de metal portugueses, certo?
JB: Olá! Sim, Solstice Rider é uma banda dos Estados Unidos e começou como um projeto de death metal melódico de um homem só.
Solstice Rider inicialmente seria só eu, mas descobri que não conseguia equilibrar meu trabalho diário com Solstice Rider e comecei a colaborar com outras pessoas.
Na internet fui conhecendo gente nova e então encontrei o João Corceiro.
Ele se interessou pela música e eu me interessei pelas habilidades dele e começamos a colaborar a partir daí.
Com o tempo ele se apaixonou pela música e a nossa parceria foi muito lucrativa, ele me apresentou aos seus colegas e foi assim que começamos a trabalhar com músicos e engenheiros portugueses. Nosso vocalista principal, Chris, vem do Reino Unido e nos demos muito bem e ele é membro desde o início deste ano e tem sido uma parceria incrível.
SFTD: Então, antes de mais nada, como esse seu projeto começou?
JB: Eu escrevo música há mais de uma década, comecei por compôr power metal estilo europeu em 2009, quando tinha 15 anos e ao longo dos anos evoluiu para o que Solstice Rider é agora. Alguns dos temas foram escritos em 2017. Quase todo o nosso álbum Suffer to Glory foi escrito em 2021 e depois aconteceu tudo muito rapidamente.
SFTD: Como se tornou uma busca internacional por músicos e artistas convidados para gravar com você neste projeto?
JB: Estava na internet à procura de colaboradores e de alguma forma encontrei amigos em Portugal. Nunca pensei: “Vou procurar ajuda de Portugal”. Simplesmente aconteceu assim e estou muito feliz porque há tantas pessoas talentosas aqui.
SFTD: Sendo a próxima geração de músicos de metal, como você e seus companheiros de banda neste projeto, você acha que a tecnologia é a chave para fazer e compartilhar arte com esses novos mecanismos e formas de vender em formatos digitais, você acha que este será o futuro? Ou os formatos físicos ainda estarão aqui por mais algum tempo?
JB: Os formatos físicos sempre vieram para ficar, pois tem um nicho muito dedicado. No entanto, utilizar a tecnologia mais recente e aproveitar o digital é absolutamente a forma mais eficaz de ser competitivo neste novo cenário.
Esta próxima geração de músicos de metal irá operar mais como influenciadores da Internet do que apenas como uma banda saíndo para a estrada, indo de país em país e de cidade em cidade. Especialmente com o aumento dos custos das turnés, acho que veremos menos turnés e mais presença na Internet.
Dito isto, pode não ser necessariamente uma coisa ruim, afinal, tornará os shows ao vivo muito mais valiosos e íntimos. Você poderia dizer...Qualidade acima da quantidade.
SFTD: Sobre os músicos portugueses que estão a trabalhar contigo neste projecto, como foi que os escolheste e foi fácil consolidar ideias e gravar as faixas mesmo a quilómetros de distância sobre o Oceano Atlântico e sem conhecer nenhum deles pessoalmente? A música é a linguagem mais internacional que conhecemos, mas quero dizer que, você deve-se conectar de alguma forma para que ela resulte certo? Como foi esse processo?
JB: Acho que a resposta simples é... Eu os escolhi primeiro com base em suas habilidades, mas depois, à medida que os fui conhecendo, isso definitivamente se tornou uma questão de personalidade também.
À medida que o Solstice Rider cresceu, tenho muito mais liberdade para escolher com quem trabalhar e, dado que Portugal tem tantos músicos talentosos, neste momento, muito disso se baseia na forma como as nossas personalidades são capazes de conviver juntas.
SFTD: De certa forma, muitos países não estão tão avançados em tecnologia ou no uso dela, por isso, Festivais Internacionais e concertos ao vivo são na maioria das vezes a melhor forma de mostrar arte, como aqui em Portugal.
Então, vocês estariam disponíveis como banda para shows ao vivo em um futuro próximo? Você acha que isso é possível com todas essas colaborações de músicos de vários países?
JB: Tocar ao vivo no futuro está definitivamente nas cartas, como isso se manifestará e quando, dependerá completamente da nossa capacidade de continuar aumentando nossa base de fãs.
Se tivermos seguidores suficientes em um país, faria sentido fazer uma digressão por lá.
Só quero agradecer a todos os fãs, especialmente aos fãs em Portugal por serem tão incríveis e solidários.
Portugal terá sempre um lugar especial no meu coração, pois ai conheci tantas pessoas incríveis. É meu desejo fazer uma visita em breve e conviver com todos e esperamos fazer uma digressão por aí, muito em breve.
SFTD: Obrigado Jeremy por esta curta entrevista e espero ver todos vocês em breve no palco, aqui em Portugal!
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Os Solstice Rider encontram-se de momento no processo de gravação do próximo E.P. 'The Renewal of Broken Blades', que inclui Luís Moreira na bateria e mistura/masterização pela mão de Miguel Tereso da Demigod Recordings em Portugal e que preparam o seu próximo álbum 'Death & Rebirth', ambos com lançamento previsto para 2024.
Podem ouvir aqui o single de lançamento do tema 'The Wildchild Rides On' no YTube