Apesar deste ano o evento ter sido reduzido para um dia a qualidade das bandas manteve-se.
MENUS
- Online Radio
- Reportagens
- Agenda/Fests
- Podcasts
- About Us
- Comunidade
Mostrar mensagens com a etiqueta Ramp. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ramp. Mostrar todas as mensagens
11/10/2019
07/09/2018
[Report] Cartaz de luxo leva ao Casaínhos Fest a maior enchente de sempre (com vídeos)
No sábado passado, dia 1 de Setembro, teve lugar a 7ª edição do Casaínhos Fest no Campo Futebol S.C. Casaínhos, onde estiveram presentes mais de 1000 pessoas.
O evento iniciou numa tarde infernal de Verão onde só os mais entusiastas e destemidos se chegaram à frente no início das primeiras atuações. Valha-nos aquele alpendre fantástico do bar que junta o útil ao agradável!
29/08/2018
[Agenda] 12 razões para não perderes o melhor Casaínhos Fest de sempre (com vídeos)

É já no próximo sábado, dia 1 de Setembro, que tem lugar 7ª edição do Casaínhos Fest no campo de futebol do S.C. Casaínhos (Loures).
Este festival tem crescido de ano para ano, tal como temos testemunhado, e a aposta nesta edição foi fortíssima, presenteado-nos com um dos melhores cartazes de sempre em eventos do género, recheado de boas bandas para todos os gostos!
21/08/2016
[Report] VAGOS METAL FEST 2016 - segundo dia (com vídeos)
Recuperados do primeiro dia, foi com alguma admiração que chegámos à zona dos concertos e nos deparámos com mais público que no dia anterior, pela mesma hora. É certo que a banda da terra, GODVLAD, que iniciou o segundo dia, terá alguma responsabilidade na boa afluência a meio da tarde, mas a verdade é que todo este dia se destaca por ter tido mais público e com maior amplitude nas faixas etárias, como tivemos oportunidade de verificar. E a propósito, não pudemos deixar de notar a presença de várias crianças, como já era habitual em anos anteriores, o que só augura futuro sorridente. Outro aspeto positivo deste segundo dia prende-se com a qualidade do som, significativamente melhor que no primeiro.
19/08/2016
[Report] VAGOS METAL FEST 2016 - primeiro dia (com vídeos)

Felizmente, há coisas que não mudam. Continuamos a regressar de Vagos exaustos, empoeirados e satisfeitos porque vivemos mais um fim de semana inesquecível de boa música e bons momentos de convívio. A Quinta do Ega esteve à altura de receber os milhares de metaleiros que a visitaram, acolhendo todos com o excelente ambiente que a caracteriza, mesmo sendo este um ano de transição que inicia vida nova para este festival. Aqui fica o resumo possível do que queremos destacar deste primeiro Vagos Metal Fest, que já deixa saudades.
03/08/2016
Vagos Metal Fest com cartaz fechado! Sabe tudo aqui:

26/09/2015
O Festival Bardoada e Ajcoi (Pinhal Novo) está mesmo à porta (com teaser)
Em Outubro já o Verão ficou para trás e impera o outono, mas os festivais não param e dando as boas vindas à nova estação teremos mais uma edição do festival Bardoada e Ajcoi, o já badalado festival merece honras de fazer parte da agenda de qualquer fã de música pesada da margem sul, zona de lisboa e não só.
24/06/2015
Festival Bardoada & Ajcoi anuncia últimas bandas, encerrando o cartaz

A organização do Festival Bardoada & Ajcoi acaba de anunciar as últimas bandas a compor o cartaz do evento que se irá realizar no Pinhal Novo, nos dias 2 e 3 de Outubro, com apoio SFTD.
Sabe quais as 14 (!) bandas anunciadas, abaixo.
02/12/2014
[Reportagem] Rampage Fest @ RCA Club, Lisboa, 28-11-2014

25/06/2014
[Report] Ramp + Diabolical Mental State + Ol'Jolly Roger @ Side B Live Club (com vídeos)
A sala que deve ter o record do Guiness por mais concertos por metro quadrado do mundo, o Side B em Benavente, encheu mais uma vez na passada sexta feira, dia 20 de Junho, para receber os Ramp. A histórica banda do Seixal tem vindo a percorrer o país de norte a sul divulgando o seu último álbum XXV Ramp 1988-2013, um misto de Best Of com inéditas versões acústicas e covers refrescantes. Curiosamente, e no decorrer desta digressão, o álbum regressou aos top nacionais, e nada mais nada menos que um tremendo 4º lugar.
Nesta tour cada data contou com a participação de distintas bandas de suporte. Nesta noite foram chamados à cena os Ol'Jolly Roger e os Diabolical Mental State.
19/11/2013
[Entrevista] R.A.M.P - Showcases acústicos nas Fnac´s (com vídeos)
04/11/2013
[Entrevista] R.A.M.P. XXV - Ontem, Hoje e Amanhã (com vídeo)
1988 - 2013... Bodas de Prata para aquela que é das mais antigas e mais acarinhadas bandas de metal em Portugal: R.A.M.P.
30/10/2013
[Roteiro] HALLOWEEN 2013 - Gostosura ou Travessura?
O Halloween é um evento tradicional e cultural que ocorre basicamente em países de língua inglesa, com origem nas celebrações ao culto dos mortos do Povo Celta.
O festejo desta data em Portugal é relativamente recente, mas cada vez mais aparecem eventos alusivos ao tema... porque nós gostamos mesmo mais é da parte da "travessura", certo????

Este evento conta também com uma Mostra de 2 Curta-Metragens: "I'll See You In My Dreams" de Filipe Melo e "O Coveiro" de André Gil Mata, esta última eleita como a Melhor Curta do MOTELx 2013.
A noite por estas bandas termina em alta com um After Show cheio de música e boa disposição. Os bilhetes custam 7€ antecipadamente e 10€ no próprio dia e o início prevê-se às 21h30. LINK EVENTO
Para quem gosta da "moda" dos Zombies, e quiser aderir a uma Zombie Walk nesta noite de dia 31 de Outubro, tem duas opções: Lisboa ou Alvor.

Organizada pela 1 Up Gaming Lounge, esta 5ª Edição da Zombie Walk em Lisboa vai ter como tema "Pop-Culture & Videogames Zombies". O desfile está marcado para as 19 horas com ponto de encontro na Praça do Município.
Depois todos os caminhos vão dar à After Party no 1 Up Gaming Lounge, na Ramada/Odivelas. Tanto a Zombie Walk como a After Party têm entrada gratuita e o melhor zombie tem direito a prémio. LINK EVENTO




A entrada para a festa terá um custo de 10€ com direito a bebida. Apareçam a partir das 22h30! LINK EVENTO
Ainda no dia 1, e com entrada gratuita, nos Nirvana Studios em Barcarena, terá lugar a Halloween Party 3- RockOn Strikes Again, com Dead Karaoke, duplas de DJ's e prémios para os melhores mascarados. LINK EVENTO

O FreakShow é no Santiago Alquimista (entrada a custar 8€) com a participação dos The Girl In The Black Bikini e dos Ena Pá 2000, rodeados de vários convidados, entre eles, Rui Sidónio dos Bizarra Locomotiva.
Em paralelo festeja-se também o aniversário de Manuel João Vieira e faz-se a devida homenagem a Lou Reed (que nos deixou recentemente).
Com organização da Void Creations, o dress code é Monster Freak, e tem direito a prémio a máscara mais original. LINK EVENTO
A sério... preferes doces a estas travessuras todas????
A sério... preferes doces a estas travessuras todas????
08/10/2013
[Report] RAMP+Veinless @ Comemoração do 5º aniversário do Side B, 28/09/2013
Dia de aniversário do Side B e ao chegar já se notava mais agitação do que é normal. Para "cantar os parabéns" a uma das casas que mais exaltam o metal e as bandas portuguesas apresentava-se um cartaz de excelência. R.A.M.P. como banda de cabeça de cartaz e de referência do metal português, tanto pela qualidade como pela longevidade e resistência. Para o começo da noite contava-se com Speedemon e Veinless, duas bandas nacionais que têm mostrado muita garra e cativado o público pela qualidade da sua sonoridade. Três bandas de peso para uma festa de peso e muita festividade. Para terminar a noite o público foi presenteado pela presença de António Freitas como DJ.
A banda de abertura, os Speedemon, por motivos de força maior infelizmente não puderam abrir a noite, ficando os Veinless com essa responsabilidade. A banda justificou a sua ausência com um comunicado publicado no próprio dia na página do facebook do SideB o qual se transcreve: "A banda de abertura, os Speedemon. viram-se forçados a cancelar o concerto desta noite, derivado a um grave problema de saúde por parte de um dos elementos. Não haverá banda de substituição, cabe aos Veinless um set de 50 min."
Os Veinless, próximos de também eles comemorarem o seu décimo aniversário, arrancaram com toda a força e aqueceram o público presente. Uma actuação já conhecida pela energia e relacionamento com o público. Com o primeiro tema Wake Up captaram as atenções dos mais distraídos e prenderam a atenção da sala que se prolongou até ao final. A cover dos Heróis do Mar, Saudade, e o tema Outra Vez acabaram a actuação da banda que, nitidamente, celebrava aquela noite, não fosse o palco do Side B já um amigo por excelência.
1. Wake Up
2. Johnny The Real
3. Drunk Nightmare
4. Phobia
5. Enchanted Kisses
6. Liberty
7. Land of Dust
8. Saudade
9. Outra Vez
Veinless:
António Boieiro - VozKronos - Guitarra
Roger - Guitarra
Thrash - Bateria
Eddie - Baixo
R.A.M.P. Não se fizeram esperar muito. Descarregaram com Blind Enchantement e a electricidade e peso foi total até ao final. How, Single Lines, Follow You, All Men Taste Hell, Anjo da Guarda, Thoughts e Black Tie foram definitivamente temas que ninguém cantou sozinho. A sincronia foi perfeita e o convívio e celebração também. Tanto a banda como o público estavam em perfeita simbiose o que comprova o carinho e apreço existente entre ambos. R.A.M.P. apresentaram-se em palco (na totalidade da banda) a um nível de excelência que já os caracteriza e domina, não fosse a antiguidade um posto.

Set List:
1. Blind Enchantemen
2. Insane
3. How
4. Single Lines
5. Dawn
6. The Cold
7. Clear
8. Follow You
9. Alone
10. Hallelujah
11. Anjo da Guarda
12. All Men Taste Hell
13. Thoughts
14. Black Tie
15. Through
Encore
16. Walk Like an Egyptian (cover Bangles)
17. Try Again
R.A.M.P.
Ricardo - GuitarraPaulo - Bateria
Rui - Voz
Sales - Baixo
Pica - Guitarra
Terminados os concertos António Freitas alinhou o som do resto da noite. Abriu com Master of Puppets (Metallica) e muitos mais se seguiram, passando por Cowboys from Hell (Pantera) e muitos mais temas de Ozzy Osbourne, Iron Maiden, Slayer, Megadeth. Uma noite em grande para uma grande festa. Uma mão cheia de anos com a casa cheia de amantes da música e do metal para o SideB.
Texto: Liliana Dias
Fotos: António Gaspar (cliquem aqui para ver todas as fotos na página SFTD Made in Portugal)
13/06/2013
[Report] 1º dia Rock no Rio Sado 2013 - MOONSPELL + RAMP + Grog + Low Torque (c/ videos)

17/10/2012
Anathema em Portugal : Entrevista a Daniel Cardoso
Os Anathema vão regressar a Portugal para a apresentação do seu último álbum Weather Systems nos próximos dias 19 e 20 de Outubro no Hard Club no Porto e no Paradise Garage em Lisboa. Aproveitámos então este momento para fazer uma entrevista de fundo ao teclista Daniel Cardoso que integra a formação dos Anathema nesta digressão.
Songs For The Deaf Radio: Como tudo começou e o que te fez ingressar no mundo da música?
![]() |
Daniel Cardoso |
Daniel Cardoso: Começou com um miúdo teimoso que percebia a música de forma diferente. Curiosamente nunca teve como objectivo ingressar no mundo da música (usando as tuas palavras), principalmente porque isso foi durante muito tempo uma espécie de sonho inalcançável, ou pelo menos era essa a opinião das pessoas que foram influentes para mim durante o meu crescimento como pessoa e músico. Mas lá está, eu era um miúdo teimoso. E ainda sou. Dizerem-me que algo ia ser difícil era o melhor catalisador para eu efectivamente tentar e correr o risco de errar antes de desistir. Acho que pelo menos segui o caminho daquilo que sei ter sido sempre a minha vocação.
SFTD Radio: Para além de músico és também compositor e produtor. Destas actividades quais te dão mais prazer?
D.C.: Está tudo extremamente diluído em mim hoje em dia. Não só pela necessidade de subsistência mas também por um misto de gosto e hábito. Se fizer uma boa auto-análise do assunto, acho que pertenço aos palcos, sou um exibicionista e tenho aquele orgulho narcisista de me imaginar a ser visto pelos olhos do público. Mas se passo muito tempo na estrada sinto falta do trabalho semi-criativo e localizado de uma boa produção em estúdio, ou do trabalho totalmente criativo e intimista de estar em casa ao piano a compor um tema ou um álbum. Não vale a pena descrever as diferenças, acho que qualquer pessoa que quiser ler esta entrevista já as sabe à partida. Mas no meu caso complementam-se totalmente. Nunca poderia ser simplesmente um performer nem simplesmente um compositor. Tenho a vantagem e a maldição de poder ser efectivamente as três coisas.
SFTD Radio: Como designarias o género das tuas composições musicais?
D.C.: Os anos e a necessidade acabaram por me tornar o mais versátil possível. Actualmente consigo dar mais de mim numa produção que namore ali um bocadinho com o pop/ rock do que com o metal. Por consequência do meu excesso de trabalho dos últimos anos opto por não ouvir metal em casa. Produzi ou envolvi-me com tantas bandas de metal que acho que já nada me surpreende no género. Se quiser ouvir música para fins recreativos, gosto de coisas calmas. No fundo sou um gajo duro que precisa de encontrar alguma paz na música que ouve.
SFTD Radio: Para que tipo de bandas compões, e que relações estabeleces com as bandas?
D.C.: Que tenha qualidade, bom gosto, budget e estofo para suportar as minhas manias e a forma agressiva como às vezes defendo as minhas ideias. Não é para todos, felizmente.
SFTD Radio: Quando e como surgiu a ideia de abrir a Ultrasoundstudios?
D.C.: Quando começou a haver clientes que o justificassem. O meu investimento inicial foi feito unicamente para garantir as condições necessárias a que eu fizesse a minha música com qualidade suficiente para não depender de ninguém. No caminho acabei por me envolver na música dos outros e começou a dar-se o fenómeno bola de neve. Comecei a ter muitas propostas de trabalho para produções e a certa altura justificou-se um estúdio, até porque era um sonho de adolescente. Mas é um erro investir num estúdio hoje em dia. A indústria está retraída. Actualmente os USS estão franchisados a dois corajosos gerentes. Isso quer dizer que eu sou o dono da marca UltraSoundStudios mas os estúdios têm gestão independente desde que sigam as directrizes da marca. É uma espécie de McDonalds a uma escala microscópica e sem cheeseburguers.
SFTD Radio: A Ultrasoundstudios tem tido o feedback pretendido?
D.C.: Teve mais que o esperado durante alguns anos. Agora serve para os seus gerentes pagarem as contas e sobreviverem. Ninguém está a enriquecer ou a fazer dinheiro com isso.
SFTD Radio: Como consegues conciliar tudo, tens alguma estratégia?
D.C.: Nem por isso, vou conciliando. Sou muito "seize the day". Não costumo falhar em deadlines mas também não sou o melhor em termos de organização de horários e de calendário. Tenho a vantagem de me poder compensar com um time-off sempre que me apetecer e acho que é assim que funciono, por auto-compensação. Se o trabalho me correu bem num dia, posso tirar o dia seguinte para ver filmes, séries e ir a um bom restaurante jantar com os Slamo.
SFTD Radio: Tens mais algum projecto na manga?
D.C.: Tenho. O meu cérebro não pára e isso tem tanto de bom como de mau. Mas tenho alguns projectos megalómanos que duvido que alguma vez consiga convencer alguém a financiá-los. Sou o tipo de pessoa que se ganhar o euro milhões ainda vai acabar por fazer mais e trabalhar mais do que antes. Mas parar é morrer, sempre se disse por aí.
SFTD Radio: Parece que em Portugal és menos reconhecido que no estrangeiro, porque achas que isso acontece?
D.C.: O estrangeiro é um bocadinho maior que Portugal, portanto é normal que assim seja. Mas acho que individualmente não há muitos países em que tenha sido mais reconhecido do que em Portugal. Criei a minha carreira sempre de forma ligeiramente marginal portanto é normal que não ande nas bocas da imprensa nacional, mas dentro do meio musical nacional muita gente conhece o meu nome e suponho que tenham algum respeito por ele, coisa que agradeço. O que nunca tive em Portugal foi ter artistas locais de certo calibre a investirem em mim e a confiarem no meu trabalho como artistas de certo calibre de outros países já o fizeram.
SFTD Radio: O que achas que é necessário para mudar essa situação?
D.C.: Nada de especial. Se calhar não tem que mudar. Nunca me esforcei por procurar atenção no meu país. Sinceramente nunca me esforcei para procurar atenção em lado nenhum. As coisas são como são. Eu limito-me a fazer o meu trabalho o melhor possível e agarrar as oportunidades que me vão aparecendo. Nunca forcei o meu trabalho a ninguém nem nunca impingi o meu trabalho a ninguém. Eu simplesmente sigo o meu caminho e vou-me deixando assediar por pessoas que precisam da minha ajuda para seguir o caminho delas, musicalmente falando.
SFTD Radio: Sentes que é mais favorável teres o reconhecimento do público de forma a poderes ser mais valorizado pelo meio musical?
D.C.: Sim, acho importante existir esse reconhecimento, claro. Também sou um artista e um artista para ser artista precisa de algum público, senão é só um louco.
SFTD Radio: Em Novembro de 2010 os Anathema tocaram no Hard Club no Porto e escolheram os Slamo como banda de abertura, o que influiu nessa escolha?
D.C.: Eu na altura já era amigo da banda. Os Anathema perguntaram-me por uma banda local para fazer as primeiras partes em Portugal e Espanha, e os Slamo estavam à procura de concertos. Limitei-me a mostrar Slamo aos membros da banda encarregues de decidir qual seria a banda de abertura para esses concertos. Toda a gente gostou de Slamo e os Slamo gostaram ainda mais de fazer essas datas de abertura.
SFTD Radio: Sei que tocas vários instrumentos, e que tens tocado essencialmente teclas com os Anathema, mas tens alguma preferência?
D.C.: Em palco prefiro tocar bateria dez milhões de vezes. Tocar teclas não tem piada. Não me consigo exprimir fisicamente, não consigo dizer para mim mesmo "hoje vou partir isto tudo", e isso é importante para mim como performer. Sei que o meu papel em Anathema é importante e necessário. Mas sinceramente se comparar ser teclista em palco com ser baterista, odeio ser teclista. É mesmo aborrecido.
SFTD Radio: Já trabalhaste ou trabalhas com várias bandas, entre elas os Ramp, Heavenwood, SiriuS, Slamo, etc, que projectos tens actualmente?
D.C.: Trabalhei recentemente com Ramp em estúdio, fiz a mistura do próximo trabalho da banda. SiriuS acabou em 2002 ou 2003 acho eu. Heavenwood são uma boa banda que decidiu desligar-se de mim. Slamo são provavelmente os meus melhores amigos no meio musical. Acho que estamos amaldiçoados a não conseguir fazer música porque quando nos juntamos só queremos bons jantares, bons vinhos e vida boémia. O Tobel, vocalista de Slamo, quando ler isto vai já telefonar-me a mandar vir comigo e a dizer que temos é que ensaiar e fazer música. O que faz sentido tendo em conta que ele é efectivamente das pessoas mais talentosas que conheço. A maior dificuldade está em acertarmos as agulhas e a disponibilidade de ambos. No dia em que o universo se alinhar dessa forma, somos capazes de fazer um par de álbuns históricos.
![]() |
Anathema no Vagos Open Air 2011 |
D.C.: Senti vergonha. Toquei com Anathema em países daqueles aos quais gostamos de chamar de terceiro-mundistas e nunca houve problemas técnicos ao nível dos que tivemos em Vagos. Toda a gente faz questão em todo o lado de proporcionar as melhores condições possíveis à banda. Depois chegamos ao meu país, num festival que comporta uma meia dúzia de milhar de pessoas e temos um gerador a falhar 3 ou 4 vezes durante uma actuação.
SFTD Radio: Como contornaram esses problemas técnicos?
D.C.: A banda teve muita paciência e boa postura, são boas pessoas e pensaram no público e nos fãs. Eu sinceramente senti vergonha. Sou o elemento mais novo na banda e não me cabe a mim ter algum tipo de postura decisiva. Mas se estivesse numa posição de liderança na banda provavelmente tinha feito alguma asneira tipo partir uma guitarra ou duas, na melhor das hipóteses. No fundo sei que a organização não agiu de má fé, mas custa-me um bocado que isto tivesse que acontecer no meu país. Parecemos uns totós que não sabem que tipo de amperagem ou de potência precisam para um gerador de um festival, ainda por cima um festival repetente.
SFTD Radio: Sentiste receptividade por parte do público português ou achas que essa receptividade tem sido mais intensa noutros países?
D.C.: Senti que a banda é bem recebida em Portugal, mas nunca ao nível de outros países. Os sul-americanos e os italianos são imbatíveis. Os iranianos também o são, e ainda estão sujeitos à prova de esforço extra de não poderem ver a banda no seu próprio país por causa da castração artística do governo local. Mas isso não os demove de terem que se deslocar aos mais variados países para nos verem. Concerto sim concerto não, há uma comitiva extremamente entusiasta vinda do Irão.
SFTD Radio: Até hoje qual foi o teu concerto favorito com os Anathema?
D.C.: Não sei bem, mas aquele que mais gostei foi na Tunísia, porque o John Douglas estava de férias e estava eu na bateria, hehe.
SFTD Radio: Desde Setembro estás em tour com os Anathema, como tem corrido?
![]() |
Daniel Cardoso (foto : Caroline Traitler) |
SFTD Radio: Quais são os teus objectivos para o futuro?
D.C.: Ganhar mais dinheiro e trabalhar menos. Não só porque estou a ficar velho mas também porque gostava de trabalhar mais por gosto e menos por necessidade de pagar as contas. Idealmente deveria ter só 2 ou 3 clientes muito bons e muito ricos por ano. Produzia 2 ou 3 best sellers, era bem pago e toda a gente ficava contente. Infelizmente a conjuntura económica do país e a realidade da indústria musical dão aos meus objectivos um contorno consideravelmente utópico. Mas que se lixe, não deixa de ser o ideal e vou trabalhar para isso.
SFTD Radio: Que conselho darias a alguém que tem vontade para entrar no mundo da música?
D.C.: Entrar conscientemente no mundo da música com sonhos de ter uma carreira artística hoje em dia só não é um erro se for feito por alguém com um talento muito acima da média ou com um trabalho extremamente inovador (ambos num plano comparativo à escala mundial), se for alguém com capacidade financeira e vontade de perder dinheiro ou ainda se for alguém com muito boas cunhas, embora isso raramente resulte a longo prazo se não houver talento. A música como profissão é um mau investimento. Não vale a pena espalharem emails com as tabelas sindicalizadas de cachets de músicos porque isso não é realista nos tempos em que vivemos. Também não vale a pena espalharem posts no facebook a dizer "se és músico não toques à borla" porque isso ainda é menos realista. Se queres crescer num meio extremamente competitivo e saturado como este, toca à borla. Toca à borla 3, 4 ou 20 vezes e mostra que és o melhor. Ainda há espaço, oportunidades e dinheiro para os melhores. Eu toquei muitas vezes à borla e agora anos mais tarde vou chegar a Portugal com uns milhares de euros no bolso por estar dois meses em tour com uma banda estrangeira de quem era fã quando tinha 15 anos e tocava à borla. Esse tocar à borla chama-se promoção. Mas só resulta se tiveres realmente um bom trabalho e qualidade para promover. Caso contrário estás no ramo errado, e podes continuar a estar, nada contra. Não podes é exigir que te paguem. Lamento.
Entrevista por: Miriam Mateus
Segue no Facebook : Anathema | Daniel Cardoso | Songs for the Deaf Radio
Fotos de Anathema no Vagos Open Air | Caroline Traitler Photography
Post relacionado : Anathema anunciam novo trabalho
Os concertos, organizados pela Prime Artists, terão lugar no dia 19 de Outubro no Hard Club no Porto, e dia 20 no Paradise Garage em Lisboa, e contarão na primeira parte com os Astra, banda norte-americana de prog rock. Ainda há bilhetes (não muitos) à venda na Ticketline para ambas as datas.
Segue no Facebook : Anathema | Daniel Cardoso | Songs for the Deaf Radio
Fotos de Anathema no Vagos Open Air | Caroline Traitler Photography
Post relacionado : Anathema anunciam novo trabalho
Os concertos, organizados pela Prime Artists, terão lugar no dia 19 de Outubro no Hard Club no Porto, e dia 20 no Paradise Garage em Lisboa, e contarão na primeira parte com os Astra, banda norte-americana de prog rock. Ainda há bilhetes (não muitos) à venda na Ticketline para ambas as datas.
12/03/2012
R-Evolution Fest@Paradise Garage - 10/03/2012
O R-Evolution Fest deveria ter ocorrido no passado dia 3 de Março, mas foi cancelado após uma auditoria em cima do acontecimento, demorada e que, por falta de uma autorização, não permitiu que o evento acontecesse (ver nota em rodapé) . As centenas de pessoas que aguardavam no exterior foram informadas desse mesmo cancelamento cerca de duas horas após a hora prevista para abertura das portas. Foi com este peso na memória que o evento, reagendado para dia 10, abriu as portas mas desta vez apenas a algumas dezenas de pessoas que com o decorrer do tempo acabou por ultrapassar a centena.
Set List:
Inheritance
Arab Spring
Dicease
Set List:
There You Stand
Possessed
Unto the Breach
N’Takuba Wena
Say My Name
Set List:
Beneath Your Wings
Infection
Dead By Sunrise
So Blood Became Wine
Hate Spiral
Wretched Memories
Nemesis (Arch Enemy cover)
Machinery
Someone Else’s Nightmare
Set List:
First Blood
Your Evil
Rotten
Leech
Hallucinate
Oi Tudo Bem? (Garotos Podres cover)
Wonderfull World
Six
Massacre
Destrói
Rui aproveitou para sair do palco enquanto o duelo de guitarras entre Ricardo e Pica decorria, seguido ainda dum fantástico solo de Paulinho na bateria. Quando voltou ao palco e retomou a parte final desse tema percebeu-se que este seria o último, visto que tiveram de terminar o concerto devido ao adiantado da hora, não terminando como habitualmente com o tema Try Again. Voltaremos a ver Ramp no Rock In Rio Lisboa deste ano.
Set List:
Blind Enchantment
Insane
How
Single Lines
Dawn
The Cold
Clear
Follow You
Myth
Alone
Hallelujah
Anjo da Guarda
Drop Down
All Men Taste Hell
Noone
Come
Thoughts
Black Tie
Through
Encore:
Walk Like an Egyptian (Bangles cover)
Reportagem por: Miriam Mateus
Fotos por: Nádia Dias - http://www.facebook.com/nadiadiasphotography
Vídeo resumo (autoria e todos os direitos : Paradise Garage )
Nota : Recebemos do Paradise Garage a seguinte comunicação "A situação que se passou não teve nada a ver com o Paradise Garage, foi alheia, as bandas é que não tinham as licenças necessárias para tocarem. Apenas isso. A casa não teve nada a ver com o assunto. Aliás nós temos as nossas licenças operacionais."
11/09/2011
Reportagem R.A.M.P no Side B, Benavente 10-09-2011


O Side B, o bar onde se realizou o concerto fez o seu terceiro aniversário. Foi neste espaço, dedicado à realização de concertos de bandas nacionais e internacionais que, em parceria com a Notredame Productions e segundo as palavras do seu proprietário, Carlos Freitas, já subiram ao mesmo palco centenas de bandas, podendo destacar-se Heavenwood, Bizarra Locomotiva e a nível internacional, Tankard, Entombed e Kampfar, esta última que mereceu um maior destaque por parte de Carlos, devido à intensidade do mesmo. Nesta noite, o palco seria de RAMP.
Ao fim de algum tempo, vimos alguns membros da banda entrar no espaço. A hora de início do concerto começava a aproximar-se. Tó Pica, o guitarrista, andava pelo meio do público com a sua boa disposição habitual, enquanto o tempo para o início do concerto ia diminuindo. Foi perto da meia-noite que se ouviu o primeiro som de guitarra e se realizaram os últimos pormenores do check-sound. Em poucos minutos o espaço ficou composto. RAMP

O concerto ia começar. O som de “Blind Enchantment” encheu o espaço já recheado de fãs, dando início a um concerto de grande intensidade, s
eguida de Insane, How, Single Lines e Dawn. Continuando a dar prioridade ao último álbum “Visions, foi com a pergunta “Estão com frio?” que Rui respondeu “Eu estou” e deu entrada para a música “The Cold”. Após “Clear” e “Folow You”, Rui fez a apresentação para a música “Mith” com uma dedicatória a todos aqueles que querem aparecer nas revistas cor de rosa e apenas se preocupam em ser famosos. Ao longo da música, Rui, ia fazendo poses e expressões, satirizando o mundo da fama instantânea. Depois, seguiu-se um momento mais calmo com a música “Alone” começando a partir daí a viagem pelos temas mais antigos da banda. Em Hallelujah
o público recomeçou a aquecer, e acabou por fazer o primeiro mosh da noite na música que se seguiu a essa, “Anjinho da Guarda”. A partir deste momento, já todos os membros da banda com a excepção do vocalista, tocavam sem t-shirt e a zona em frente ao palco era reservada para o mosh e crowdsurfing enquanto tocavam Drop Down, All Men Taste Hell, Noone, Come, Thoughts e Black Tie, sempre com grande intensidade e participação do público, que cantava e que gritava “não” sempre que o vocalista perguntava: “Estão cansados?”.
Rui agradeceu o convite do proprietário do espaço, deu-lhe os parabéns pelo trabalho que tem sido realizado ao longo dos últimos três anos e acrescentou que não era apenas o Side B que fazia anos, mas também o guitarrista de Ramp, o Ricardo Mendonça. Tocaram “Through” e saíram do palco.



O público queria mais e ninguém se mexeu do seu lugar, chamaram por Ramp e não se fez silêncio enquanto a banda não voltou a subir ao palco, que nesse momento tinha já quatro bancos alinhados no mesmo.
A surpresa da noite, reservada para os fãs, estava à nossa frente. Uma música que não tocavam há alguns anos e que foi tocada com os seus membros sentados, “For a While” foi um dos momentos altos da noite. Seguiu-se ainda a sua versão de “Walk Like an Egyptian” das Bangles que incluiu os solos de Ricardo Mendonça e Tó Pica nas guitarras, seguido de um solo de bateria de grande intensidade pelo Paulinho.

Ainda no Encore, tocaram a música "Ace of Spades", dos Motorhead, relembrando o momento em que o fizeram no Rock In Rio, com os Hail. Terminaram o concerto com “Try Again
” e é nesse momento que Rui, Ricardo, e Pica vão para o meio do público. Foi no meio dos fãs e amigos que calorosamente acolheram os membros da banda e é no meio de abraços que deram por finalizada uma noite que, nas palavras de Rui, foi de “Rock N’Roll” onde o seu espírito e as boas vibrações foram sentidos, tanto pelo público, como os membros da banda. Para Tó Pica, no seu espírito humorista, o concerto resumiu-se em “duas palavras: Bru-Tal”. Para Ricardo foi a sua “Melhor festa de anos” e para Caveirinha “uma sauna” tal era o calor humano e a intensidade que se fazia sentir no local. Foi assim que terminou mais um concerto de uma grande banda nacional que independentemente de todas as dificuldades no meio, tem lutado e resistido ao longo dos anos e tem continuado a presentear os fãs e amigos com momentos como este.

Reportagem: Miriam Mateus
Fotografia: Nádia Dias
Subscrever:
Mensagens
(
Atom
)
Veja também:
-
Prepara-te para um fim de semana de riffs pesados e melodias atmosféricas no Festival Under The Doom, que terá lugar nos dias 18 e 19 de out...
-
A data do evento foi escolhida para o lançamento de LOUDER THAN ALL - VOL.I - uma compilação única, habilitando-se a entrar na lista d...
-
by Bruno Novais A banda original de Évora é composta por Filipe “Xinês” Caeiro (bateria), pelo Pavlo “Koro” Korotash (baixo), pelo João Cor...
-
Solstice Rider é uma banda de Death Metal Melódico/Folk formada no ano 2020 pelo teclista-compositor e produtor americano, Jeremy Bluteau d...
-
No passado dia 20 de Outubro de 2023 fomos assistir ao concerto dos ALLAMEDAH na Casa de Ralha , em Ponte de Lima. A banda estreou o palco ...