Recuperados do primeiro dia, foi com alguma admiração que chegámos à zona dos concertos e nos deparámos com mais público que no dia anterior, pela mesma hora. É certo que a banda da terra, GODVLAD, que iniciou o segundo dia, terá alguma responsabilidade na boa afluência a meio da tarde, mas a verdade é que todo este dia se destaca por ter tido mais público e com maior amplitude nas faixas etárias, como tivemos oportunidade de verificar. E a propósito, não pudemos deixar de notar a presença de várias crianças, como já era habitual em anos anteriores, o que só augura futuro sorridente. Outro aspeto positivo deste segundo dia prende-se com a qualidade do som, significativamente melhor que no primeiro.
Os aveirenses GODVLAD subiram ao palco com tamanha satisfação que no público sentia-se claramente a boa energia.
O fantástico look da vocalista Vanessa Cabral monopoliza imediatamente a atenção (a t-shirt da SFTD, que vestiu mais tarde, também lhe fica muito bem) mas, rapidamente, outros elementos se vão destacando, nomeadamente a bateria de Hugo Ribeiro e as teclas de Paulo Martins. Apresentaram três temas do novo EP Dark Streets of Heaven (2016), que merece ser ouvido com mais atenção, e os restantes quatro do álbum Bipolar (2014), criando o ambiente necessário à continuação de um dia que ainda viria a ser bem longo e surpreendente.
O fantástico look da vocalista Vanessa Cabral monopoliza imediatamente a atenção (a t-shirt da SFTD, que vestiu mais tarde, também lhe fica muito bem) mas, rapidamente, outros elementos se vão destacando, nomeadamente a bateria de Hugo Ribeiro e as teclas de Paulo Martins. Apresentaram três temas do novo EP Dark Streets of Heaven (2016), que merece ser ouvido com mais atenção, e os restantes quatro do álbum Bipolar (2014), criando o ambiente necessário à continuação de um dia que ainda viria a ser bem longo e surpreendente.
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Tivemos direito a The Empress e The Juggler e adorámos The High Priestess, com a participação, sempre cheia de boa energia, da Sandra Oliveira (Blame Zeus) mas, ainda assim, por muito que gostemos destes temas recentes, a interpretação de Rain of July (Swallow, 1998) continua a ser um dos momentos fortes das suas atuações, ao qual o público respondeu à altura, acompanhando o refrão que tão bem conhece. A banda, essa, estava visivelmente satisfeita com o carinho demonstrado pelo público. Terminou com o tema Suicidal Letters (Swallow, 1998) em mais um grande momento desta tarde.
Saímos da zona dos concertos para lancharmos mas os Tribulation quase nos apanhavam a meio da sandes de porco no espeto.
Estes suecos precisaram de pouco mais de 20 minutos para fazer o sound check e cumpriram rigorosamente o horário. Corremos para a zona dos concertos quando já soava o início de Strange Gateways Beckon (The Children of the Night, 2015) e quase ficámos de boca aberta ao olharmos para a postura e expressão facial incríveis do guitarrista Joanathan Hultén que quase parecia um espírito maligno a passar pelo palco.
O vocalista/baixista Joannes Andersson incentivou o público a participar e todo o concerto foi bastante intenso, como se arrancado das entranhas de cada um dos elementos. A qualidade do som não prejudicou e pudemos apreciar, entre outros, os temas Melancholia (The Children of the Night, 2015) e When the sky is black with devils (The formulas of death, 2013).
Estes suecos precisaram de pouco mais de 20 minutos para fazer o sound check e cumpriram rigorosamente o horário. Corremos para a zona dos concertos quando já soava o início de Strange Gateways Beckon (The Children of the Night, 2015) e quase ficámos de boca aberta ao olharmos para a postura e expressão facial incríveis do guitarrista Joanathan Hultén que quase parecia um espírito maligno a passar pelo palco.
O vocalista/baixista Joannes Andersson incentivou o público a participar e todo o concerto foi bastante intenso, como se arrancado das entranhas de cada um dos elementos. A qualidade do som não prejudicou e pudemos apreciar, entre outros, os temas Melancholia (The Children of the Night, 2015) e When the sky is black with devils (The formulas of death, 2013).
Em seguida, o punk tomou conta do recinto.
Os ingleses Discharge fizeram o gosto aos apreciadores do género e mostraram a sua competência.
Tratando-se de um público mais específico, muitos aproveitaram para jantar, o que reduziu um pouco a audiência. Ainda assim, podemos afirmar que se tratou de um concerto agressivo, como seria de esperar, com direito a circle pit e a temas como Looking at pictures of genocide e Hatebomb, do último End of Days (2016).
Temos de admitir que a presença dos Finntroll, ao início da noite, foi uma jogada de mestre.
Estes finlandeses do folk metal, com orelhas a condizer com o nome, conseguiram afastar o frio e o cansaço e ligaram o público à corrente de energia que produzem. Podemos não apreciar, mas acabámos a dançar também ao som de temas como Nattföd (Nattföd, 2004) e Skogsdotter (Blodsvept, 2013), que puseram a Quinta do Ega a saltar e a gritar, e chegámos a ver formar-se um comboio de metaleiros a dançar. Foi, sem dúvida, o bailarico mais divertido do festival.
Bem aquecido, o público estava já preparado para o grande concerto de Helloween que se seguiu.
Gostos à parte, o facto é que as décadas de experiência contam muito e a capacidade de comunicação do vocalista Andi Deris também muito contribui para manter o público sob o seu domínio e, sobretudo, fazê-lo um elemento ativo do concerto.
Se a estas características, acrescentarmos ainda o alto nível da atuação de todos os elementos (com direito a solos de bateria e de guitarra), a qualidade do som, o cenário fantástico e o fabuloso jogo de luzes, temos a explicação para o facto de termos, também nós, entoado o refrão de My god-given right (My god-given right, 2015), e vibrado ao som de Waiting for the Thunder e Straight out of hell (Straight out of hell, 2013). A discografia é já tão vasta que estes veteranos dão-se ao luxo de fazer viagens no tempo, indo ao passado buscar temas como Where the rain grows (Master of the rings, 1994) ou Steel Tormentor (The Time of the Oath, 1996). E, como seria de esperar, houve lugar a encore, com os temas Future World (Keeper of the seven keys, part 1, 1987) e I want it out (Keeper of the seven keys, part 2, 1988). Sem dúvida, um excelente concerto.
E aproximamo-nos do fim. Os Moonspell não desiludiram o público resistente, antes pelo contrário.
É certo que gostamos da banda, mas o facto de nos termos arrepiado com alguns dos temas e, sobretudo, de termos demorado a recuperar deste concerto, enquanto deixávamos a Quinta do Ega, só pode significar que se tratou de uma excelente atuação. Finalmente em Vagos, como afirmou Fernando Ribeiro, os Moonspell fizeram questão de tornar este concerto um acontecimento memorável.
Tocaram temas do último Extinct (2015), tais como Breathe, Medusalem e Extinct mas foram sempre relembrando os 20 anos já passados sobre o lançamento do álbum Irreligious, tocando temas como Awake, Opium, Mephisto e Raven Claws, este último com a participação de Mariangela Demurtas, vocalista dos Tristania. E pelo meio da intensidade destes e de outros temas e sentindo permanentemente o chão a tremer, ainda assim conseguimos destacar Em nome do Medo (Alpha noir/Omega white, 2012), com a participação de Rui Sidónio (Bizarra Locomotiva) e Alma Mater (Wolfheart, 1995), como momentos inesquecíveis, com o público a entoar refrões em coro e a esbugalhar os olhos em frente às chamas que brotavam dos lança-chamas colocados no palco. Também houve lugar a encore, com Everything Invaded (Antidote, 2003) e Fullmoon Madness (Irreligious, 1996).
É certo que gostamos da banda, mas o facto de nos termos arrepiado com alguns dos temas e, sobretudo, de termos demorado a recuperar deste concerto, enquanto deixávamos a Quinta do Ega, só pode significar que se tratou de uma excelente atuação. Finalmente em Vagos, como afirmou Fernando Ribeiro, os Moonspell fizeram questão de tornar este concerto um acontecimento memorável.
Tocaram temas do último Extinct (2015), tais como Breathe, Medusalem e Extinct mas foram sempre relembrando os 20 anos já passados sobre o lançamento do álbum Irreligious, tocando temas como Awake, Opium, Mephisto e Raven Claws, este último com a participação de Mariangela Demurtas, vocalista dos Tristania. E pelo meio da intensidade destes e de outros temas e sentindo permanentemente o chão a tremer, ainda assim conseguimos destacar Em nome do Medo (Alpha noir/Omega white, 2012), com a participação de Rui Sidónio (Bizarra Locomotiva) e Alma Mater (Wolfheart, 1995), como momentos inesquecíveis, com o público a entoar refrões em coro e a esbugalhar os olhos em frente às chamas que brotavam dos lança-chamas colocados no palco. Também houve lugar a encore, com Everything Invaded (Antidote, 2003) e Fullmoon Madness (Irreligious, 1996).
Esta reportagem já vai longa mas há ainda espaço para salientar que grande parte das bandas, nacionais e internacionais, incentivou e felicitou a organização pelo esforço empreendido para manter vivo um festival de metal em Vagos. Aqui ficam também as nossas felicitações e incentivo à continuação. Esperamos que os inquéritos realizados ao longo dos dois dias ajudem a melhorar alguns aspectos e que este festival continue a crescer.
Estão já confirmados, pela organização, os dias 11 e 12 de agosto de 2017, portanto, vemo-nos para o ano! \m/
Texto: Sónia Sanches
Fotos e vídeos: Nuno Santos (todas as fotos brevemente na página do facebook)