
Felizmente, há coisas que não mudam. Continuamos a regressar de Vagos exaustos, empoeirados e satisfeitos porque vivemos mais um fim de semana inesquecível de boa música e bons momentos de convívio. A Quinta do Ega esteve à altura de receber os milhares de metaleiros que a visitaram, acolhendo todos com o excelente ambiente que a caracteriza, mesmo sendo este um ano de transição que inicia vida nova para este festival. Aqui fica o resumo possível do que queremos destacar deste primeiro Vagos Metal Fest, que já deixa saudades.
O recinto apresentou mudanças na disposição dos comes e bebes, agora também situados fora da zona dos concertos, com poucas mesas e cadeiras mas muita relva para descansar. Sentiu-se mais a falta de mesas e bancos na zona dos concertos, onde chegámos a ver metaleiros sentados em qualquer local que proporcionasse algum conforto, nem que fossem os barris de cerveja. Mesmo com o cumprimento rigoroso dos horários, pelos últimos concertos, o cansaço já se acumulava.
Dia 1 – 13 de agosto
Coube aos CORREIA, última banda a confirmar a presença no Vagos Metal Fest, a função de abrir o festival.
Iniciaram a atuação com o recinto ainda a meio gás mas não se deixaram intimidar pelo público ainda pouco participativo. O projeto dos irmãos Poli (Devil in Me/Sam Alone) e Mike Ghost (Men Eater/More Than a Thousand) cumpriu a missão de ambientar a audiência, que ainda se compunha, mas conseguiu ir mais além, pois por altura de Deceivers of the Sun, observámos que o público já estava embalado no ritmo deste rock que ficámos de conhecer melhor, através do álbum de estreia Act One (2016).



Pelas 18h45m, já subiam ao palco os norte-americanos Vektor.

Com três álbuns editados, são já considerados mestres no trabalho de fusão sci-fi/thrash/speed metal, tendo a crítica considerado o recente Terminal Redux, lançado em maio, um dos álbuns de referência deste ano no seu género. Os apreciadores puderam assistir a um concerto de thrash metal progressivo que manteve o público interessado e não deixou arrefecer o recinto.

Com três álbuns editados, são já considerados mestres no trabalho de fusão sci-fi/thrash/speed metal, tendo a crítica considerado o recente Terminal Redux, lançado em maio, um dos álbuns de referência deste ano no seu género. Os apreciadores puderam assistir a um concerto de thrash metal progressivo que manteve o público interessado e não deixou arrefecer o recinto.


Esperávamos ansiosamente pelos italianos Fleshgod Apocalypse, pois já imaginávamos uma forte mudança no ambiente e cenário.
E teria sido um concerto fabuloso, se não fossem as falhas no som, que muito lamentamos, e que nos impediram de desfrutar em pleno desta atuação. Ainda assim, é um concerto que fica na memória, cheio de elementos marcantes, a começar pela presença da cantora soprano Veronica Bordachini, devidamente trajada, tal como toda a banda, ao género de nobreza antiga, decadente e de feições cadavéricas.

As teclas arrepiantes (que gostaríamos de ter ouvido ainda melhor), a rapidez das guitarras, a combinação de vozes, a postura solene de todos os elementos, as deslocações em palco, são alguns dos fatores que fazem desta banda de death metal sinfónico um conjunto complexo mas brilhante ao vivo. Foi assim que ouvimos, entre outras, As cold as perfection e The Fool (King, 2016), The Violation e The Forsaking (Agony, 2011), estas duas últimas com uma interpretação fantástica do vocalista, carregada de drama.

E pelas 22h50m, os suecos Dark Funeral anunciaram: “We are here to collect your souls!”.



