Lesoir no "ID.Entity Tour 2023": Uma tela de tons musicais no coração de Lisboa.
Os Lesoir abriram o seu enigmático universo musical com "Push Back the Horizon", deixando imediatamente a plateia animada com os seus sons apaixonados e melodias cativantes. A setlist, uma sequência luminosa de canções, contava cada uma uma história, com narrativas de inovação e fascínio.
As canções como "Mosaic" e "You Are the World" fluíram suavemente, criando uma bela sequência de caprichosas melodias que ressoavam com influências poderosas, desde as camadas imersivas do rock progressivo até à borda crua do alternativo, e um toque gracioso da estética do art-rock. Os Lesoir coloriam o palco com pinceladas ousadas de influências musicais, cada nota reverberando com ecos de influências como Anathema, Gazpacho, Pineapple Thief, até mesmo Pink Floyd, e uma voz tentadora que fazia lembrar Kate Bush em algumas passagens.
Seguiram-se "Somebody Like You" e a brutal “Babel 'The Warning' (section)”. Aqui, a banda desencadeou uma tempestade de energia cósmica, com as notas a atravessar a sala com uma emoção e uma intensidade impressionante. Temas como "Dystopia" e "The Drawer" foram exemplos deliciosos da capacidade de Lesoir para criar dimensões musicais que ecoavam com profundidade, relevância e um apelo intemporal.
A setlist de Lesoir foi uma sinfonia em que cada canção foi um movimento, um concerto hipnotizante, lirismo poético e paisagens sonoras atmosféricas. O concerto que Lesoir nos ofereceu foi uma obra-prima, uma mistura de talento musical, profundidade emocional e harmonia.
Encerrando a sua atuação com "Two Faces", Lesoir deixou o palco com os aplausos a ecoarem retumbantes de um público impressionado com a sua atuação.
Um ar palpável de excitação impregnava a sala 2 do LAV à medida que o tempo avançava, preparando-se para uma noite extraordinária com Riverside a brindar-nos com a ID. Entity Tour. Todos os elementos, desde o palco desenhado de forma (aparentemente minimalista) até que a iluminação impecável quebrava essa ideia, criando um ambiente repleto de expetativa.
Seguiram-se 'Panic Room’ do álbum de 2007 “Rapid Eye Movement” (para mim a obra-prima de Riverside) e 'Landmine Blast’. A capacidade da banda de criar atmosferas vívidas brilhou em 'Big Tech Brother' e 'Left Out', onde cada acorde parecia ecoar com estórias emocionantes. Estes temas faziam-nos viajar no tempo… Perfeito!
Em comparação com as gravações em estúdio, a atuação ao vivo acrescentou novas dimensões, calor, intimidade e espontaneidade. A autenticidade da interação, as emoções partilhadas com o público e a atmosfera única fizeram do concerto um tesouro de momentos memoráveis.
Setlist