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26/10/2018

[REPORT] Neuropsy, Happy Farm, Emerging Chaos e The Blood Of Tyrants no Metalpoint


Lembram-se da Leslie?
Então embora recuar até essa noite, mais propriamente no Porto. Muita chuva, muito vento... o que é que nos poderia fazer sair do hotel? A festa no Metalpoint com The Blood Of Tyrants, Emerging Chaos, Happy Farm e Neuropsy, claro!

Já não via os "The Blood Of Tyrants" desde o concerto de aniversário do Hard Bar em Bustos/Aveiro e foi com surpresa que os revimos esta noite.


A mudança de baixista, assegurada agora por Carlos Ferreira (ex-Booby Trap) demonstrou-se bastante positiva, dando uma base mais coesa à secção rítmica, completada por Eduardo Sinatra (ex-Heavenwood), que veio dar "uma perninha" aos amigos, já que a vaga de baterista continua por preencher.



A banda de abertura tocou 5 temas, entre elas "Ruler Of Nations" e o single "Human Waste". Os "The Blood Of Tyrants" tiveram uma actuação irrepreensível, mostrando que ainda têm muitas cartas para dar no futuro do Death Metal português.


Sem muitas demoras, era chegada a vez dos "Emerging Chaos" subirem ao palco. Na bagagem trouxeram o seu álbum "The Roots of Lunacy", saído em Abril deste ano.
Do Barreiro directamente para o Metalpoint, o que nos trouxeram foi uma descarga de poder sonoro, acompanhada pela voz inconfundível do finlandês Jim Gäddnäs

O concerto deu exclusividade ao mais recente álbum, tendo sido tocado na íntegra, ou seja, todos os 9 temas, "esquecendo" para esta actuação o Ep "The Decay of Mankind".

Damos especial destaque para "Mutilated", o single muito bem escolhido por parte da banda para a sua promoção.

Os "Emerging Chaos" deram um concerto bastante competente e público aderiu muito bem ao seu thrash/death metal.








"Happy Farm" era a banda seguinte. A "jogar" em casa, apresentaram  o Death Metal/Grindcore cheio do humor que os caracteriza.

Com um álbum na carteira, lançado no ano passado, "Just Pig It" faz o mote em qualquer local por onde passa. 

Temas como "Boi em Brasa", "Orgia na Quinta" e "Cabra Gostosa" fizeram as delícias do público, que saltava e interagia principalmente com o vocalista, alvo de várias judiarias!!!

Engane-se quem pensa que o humor desta banda é usado em detrimento da qualidade musical. Os "Happy Farm" têm grande qualidade a este nível, com riffs simplesmente demolidores, secção rítmica certinha, acompanhada da voz bem potente de Tiago Cardoso.




Já não havia volta a dar... o Metapoint podia não estar a abarrotar, mas o ambiente estava mais quente que nunca para receber a última banda da noite: os Neuropsy!
Aliás, este festim foi a consequência directa do lançamento do primeiro longa duração desta banda de Setúbal, chamado "Surpassing Rational Comprehension", que começou a ver a luz do dia no passado mês de Setembro. E claro que a Tour de promoção ao disco tinha de passar pelo Porto!

Logo nos primeiros temas fica bem à vista que a competência musical gravada em álbum, não perde qualquer qualidade quando ouvimos os "Neuropsy" ao vivo. Aliás, até melhora, já que acrescenta aqueles pormenores do momento... afinal, nenhum concerto é igual a outro!
Os anfitriões da noite começaram a sua actuação com uma intro, e seguiram o alinhamento de "Surpassing Rational Comprehension", não faltando, como é óbvio, o single "Psychopatic Disposition". O video-clip deste tema foi apresentado alguns dias antes do lançamento do disco, para aguçar o apetite aos fãs.
A postura da banda em palco é bastante confiante e descontraída, com uma dinâmica de voz entre o vocalista Fábio Abenta e do guitarrista João Martins bastante diferente, mas sem dúvida uma fórmula vencedora.

Os cerca de 40 minutos de concerto deram para desfrutar em versão Live de outros temas como "Diminished To Cannibalism", "Unethical Policy" e o fim desta noite de tempestade, mas mais dentro do Metalpoint do que fora, coincidiu com a última faixa do disco: "From Fallout To Extinction". 

Os "Neuropsy" cumpriram o seu trabalho com distinção e mostraram que este álbum merece uma alta rotação na estrada! Ficamos à espera de vê-los e ouvi-los numa outra sala qualquer! E como se diz em charroque: Grrame bués diste!

Conclusão desta noite: não há Furacão que acabe com o Underground!

Texto: Sabrine Lázaro
Fotos: Ricardo Branco (mais fotos no nosso facebook AQUI)

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