O primeiro dia do Moita Metal Fest já havia passado, mas ainda não era tempo do fim-de-semana chegar ao fim, pois ainda nos esperava um dia recheado de grandes bandas, tanto nacionais como internacionais.
A banda a quem coube a honra de abrir este dia foram os lisboetas Borderlands com o seu Metalcore Progressivo. Já seria de esperar um grande concerto vindo dos mesmos, com músicas como Limitless, Lineage e Hanging On The Handrails, e sem dúvida que mostraram o quão merecido foi aquele palco para eles.
Após uma grande entrada, ficou no papel dos Lisboetas Analepsy continuarem a festa com a sua sonoridade de Brutal Death. Esta banda tem percorrido inúmeras salas de Portugal no último ano, e nunca houve um concerto em que estes desiludissem o público. Por mais vezes que se vejam, a festa e a vontade de percorrer toda a sala a correr continua a mesma e mais uma vez provaram o seu valor no palco do Moita.
Vindos directamente de Coimbra, os nossos vizinhos Destroyers Of All foram a banda que se seguiu. Soul Retrieval foi a música que deu início a um concerto que muitos estavam curiosos para ver. Com uma sala já bem composta, foi fácil de se aperceber o quão animado estava o público com as suas sonoridades de Death e Progressive.
Os portuenses Colosso, foram talvez das bandas mais comentadas pelo público, e também uma das que mais surpreendeu os demais, não só pela sua presença em palco mas também pela originalidade que as suas músicas tem, que não permitem serem esquecidas. Circles Of Defeat, Ecosystem e The Epiphany foram algumas das músicas que compuseram o concerto.
Os lisboetas Albert Fish foram a banda que deu seguimento a este longo dia. Com o seu Punk Rock, vieram quebrar um bocado o registo das bandas anteriores, mas o único propósito dos mesmos era dar um grande espectáculo ao público e obrigar-nos a aquecer para aquilo que ainda se avizinhava!
Oriundos do Funchal, os Karnak Seti foram os que se seguiram. Até agora não havia razões de queixa do público, pois as bandas portuguesas que estávamos a ver eram sem duvida de excelência, e os Karnak Seti só vieram comprovar que por mais longe que estivessem, mereciam sem dúvida um lugar neste grande Fest. Among The Sleepless e Vicious fizeram parte da setlist deste grande concerto.
Para continuarmos com bandas de longe, os que se seguiam vinham diretamente do Algarve. Os
Crossed Fire vinham então deixar o público ainda mais cansado do que já estava, mas isso pouco importava. As cervejas iam circulando ao incrível som desta banda portuguesa, que apresentou um set com músicas como Drinking Club e Got The Machine.
A hora de jantar já se avizinhava, mas isso não era razão suficiente para se perder concertos, afinal de contas, bastava apenas um prego no pão e continuava-se os concertos. Agora era a vez dos tão conhecidos Miss Lava que mais uma vez mostraram ao público português aquilo de que eram feitos, sem por nem tirar nada. Yesterday's Gone foi uma das música que fez o público ficar de boca aberta.
Começando com a Intro Abyss os nossos tão conhecidos Wako, estavam agora a ganhar presença no palco do Moita. Não havia tempo para descanso, e muito menos havia tempo para desviar as nossas atenções do palco, pois a presença dos mesmos tinha que ser apreciada! Ship Of Fools, Dissonant Dark Dance e Coded Message of Death, compuseram uma setlist que viria deixar o público ainda mais cansado do que já estava.
O final já se avizinhava, mas ainda havia tempo para mais destruição, afinal de contas, estávamos no Moita Metal Fest, era de se esperar que a noite fosse acabar em grande! Desta vez o Grind é que tinha o papel de continuar com a festa, e por parte de uma banda que já conhecia como a palma da mão o palco do Moita. Eis então que os grandes Grog subiam ao palco para dar tudo aquilo que tinham. O público tornou-se numa onda que só conhecia a forma circular, mas no entanto não se via nenhum rosto que não mostrasse entusiasmo e adrenalina.
Agora sim, já se avizinhava o fim e a primeira e única banda da noite internacional, os grandes e tão conhecidos Onslaught!
Desde a sua última visita ao nosso país, no SWR Barroselas de 2013, a sua legião de fãs e curiosos foi aumentando, e para surpresa de muitos e sem aviso prévio, os Onslaught estavam então a pisar o palco da Sociedade Filarmónica Moitense. Apesar de casa ano que passa, se ver uma sala cada vez mais composta, duvido que muitos tenham visto como estava a sala naquela noite. Espaços vazios não existiam e notava-se que as pessoas só estavam ali por uma razão: a música. Os Onslaught vieram assim dar ao nosso público a cereja no topo do bolo, com um concerto de se ficar boquiaberto.
Não se via nada para além de cabelo e braços no ar, uma autentica festividade que os nossos tão privilegiados Bizarra Locomotiva continuaram, até esgotar todas as pequenas forças que existiam no público. Não podia ter sido escolhida melhor banda para finalizar a 12º edição do Festival. Ao som de músicas como Flauta do Leproso e o Anjo Exilado, em que não se ouvia apenas a voz de Rui Sidonio. A voz do público ficava cada vez mais forte, assim como a agressividade e adrenalina que era espalhada pelo público.
E foi assim mais um ano deste grande festival português, que reúne uma quantidade de bandas nacionais de valor, e uma grande família que pretende passar um bom fim-de-semana. Espero vivamente que seja assim por muitos anos, pois ambientes como estes fazem falta! Por enquanto contentamo-nos com algumas bandas já confirmadas para o ano de 2016, como os míticos Tankard. Até lá, só ficam as lembranças de grandes concertos, provavelmente algumas bebedeiras e gargalhadas bem passadas.
Moita c****!
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