Tivesse o mês de julho tantos dias quentes como tem de
grandes concertos este ano e já somávamos, certamente, umas boas ondas de calor
a confirmar-nos que estamos no Verão. No passado dia 11, foi a vez dos alemães Scorpions regressarem a Portugal e
aquecerem a segunda noite do The Legends of Rock, promovido pela Everything is New. Inserida na Crazy World Tour, a passagem destes
veteranos por Portugal encheu o Estádio Municipal de Oeiras e conseguiu pôr
milhares de pessoas a cantar êxitos inesquecíveis da história do rock.
As portas do Estádio Municipal de Oeiras abriram por volta
das 19h30m e escoaram rapidamente as filas de fãs que se formaram ao longo da
tarde. Tivemos tempo para observar o público ansioso, composto por várias
faixas etárias, tal como esperávamos, e fomos ouvindo os comentários mais
próximos de nós, que refletiam a grande admiração pelos Scorpions, mas também, em muitos casos, o interesse em assistir ao
concerto dos The Dead Daisies, banda
australiana/americana escolhida para a primeira parte.
Os The Dead Daisies
subiram ao palco pelas 21h30m e aumentaram de imediato a temperatura da noite,
que teimava em continuar fria e ventosa. A banda, formada em 2013, é composta
por músicos que já pertenceram a outras bandas bem conhecidas, tais como Whitesnake, Mötley Crüe, Dio, Thin Lizzy,
entre outras, pelo que já esperávamos a voz da experiência e os bons momentos
de rock com que fomos brindados
durante uma hora.
Excelente interação com o público, grande energia em palco, aliás, com espaço mais que suficiente para todas as deslocações entre os vários elementos da banda. Foi, em suma, uma excelente atuação, da qual destacamos temas como Rise up, Make some noise, Mexico, Long way to go, a cover de Bitch (Rolling Stones) e o tema With you and I, cuja mensagem o vocalista John Corabi fez questão de realçar.
Mesmo para quem não conhecesse, os refrões orelhudos são fáceis de acompanhar e, portanto, o público não se fez rogado em fazê-lo, até porque ninguém escapou ao contágio da boa disposição emitida pela banda.
Excelente interação com o público, grande energia em palco, aliás, com espaço mais que suficiente para todas as deslocações entre os vários elementos da banda. Foi, em suma, uma excelente atuação, da qual destacamos temas como Rise up, Make some noise, Mexico, Long way to go, a cover de Bitch (Rolling Stones) e o tema With you and I, cuja mensagem o vocalista John Corabi fez questão de realçar.
Mesmo para quem não conhecesse, os refrões orelhudos são fáceis de acompanhar e, portanto, o público não se fez rogado em fazê-lo, até porque ninguém escapou ao contágio da boa disposição emitida pela banda.
Os Scorpions foram
recebidos por um público muito bem-disposto e ansioso por relembrar os grandes
temas da extensa discografia destes veteranos do rock. Sob a chuva de aplausos
e refrões cantados em coro, a banda alemã, já com mais de 50 anos de carreira,
presenteou milhares de pessoas com um excelente espetáculo audiovisual, através
das luzes e de um video wall
gigantesco no qual pudemos ver imagens alusivas à história da banda, videoclips
e, até, a bandeira de Portugal, a comprovar o carinho que nutrem pelo público
português.
O tema Going out with a
bang (Return to Forever, 2015) marcou o início de uma setlist composta
por temas que permitiram revisitar a discografia da banda desde os anos 70 até
2015. A voz de Klaus Meine permanece
quase igual e só nas suas deslocações pelo palco é que notamos que aqueles
joelhos já carregam o peso de mais de 50 anos de muito rock n’roll. A verdade é que todos os elementos continuam a
transmitir a mesma energia que os acompanha há décadas.
No tema Make it real (Animal Magnetism, 1980), Klaus Meine iniciou a interação com o
público, que viria a manter ao longo de todo o concerto. Cumprimentou Lisboa e
convidou todos a cantar Is there anybody
there? (Lovedrive, 1979) antes de
pôr também toda a gente a dançar em The
Zoo (Animal Magnetism, 1980) e alguns, mais próximos, a tentar apanhar as baquetas que
atirou ao público.
Os anos 70 marcaram fortemente a sua presença neste concerto,
através do instrumental Coast to coast
(Lovedrive, 1979), no qual pudemos
apreciar o trabalho das guitarras, e do medley
composto pelos temas Top of the Bill,
Steamrock Fever, Speedy’s coming e Catch your
train.
O tema We built this
house teve direito a videoclip e letra transmitidos pelo video wall, a convidar todos a
acompanhar a interpretação do início ao fim. O público teria algum tempo para
descansar a voz logo a seguir, durante o solo de Mathias Jabs, em Delicate Dance.
Estávamos, assim, a meio do concerto e seguir-se-iam os temas
que permanecem na memória de todos como êxitos inesquecíveis, cujos refrões
continuamos a saber de cor. Foi assim com Wind
of change (Crazy World, 1990), Big city nights (Love at first sting,
1984), ou Blackout (Blackout, 1982), nos quais se ouviu
tanto o público como o vocalista.
Mas, tal como esperávamos, foi o tema Send me an angel, (Crazy World, 1990) o protagonista de um dos momentos mais bonitos de todo o concerto, ao ser interpretado em formato acústico, carregado de emoção, sempre acompanhado pela voz do público.
Mas, tal como esperávamos, foi o tema Send me an angel, (Crazy World, 1990) o protagonista de um dos momentos mais bonitos de todo o concerto, ao ser interpretado em formato acústico, carregado de emoção, sempre acompanhado pela voz do público.
Houve ainda tempo para a cover dos Motorhead, Overkill (Savage Amusement, 1988), com a imagem de Lemmy projetada, e para o drum solo, de bateria suspensa, em mais uma demonstração da fantástica
produção deste evento.
O concerto terminaria com Big
city nights e Klaus Meine
enrolado na bandeira portuguesa mas, tal como vem sendo habitual em outras
paragens da Crazy World Tour, estava
ainda reservado o encore com Still loving
You e Rock you like a hurricane (Love at first sting, 1984), este último
a encerrar definitivamente a atuação, com o público eufórico a responder a
todas as interpelações do vocalista para participar o mais possível neste
grande final e acompanhar o refrão.
Foi assim mais uma passagem dos Scorpions por Portugal, num concerto pleno de boa disposição, com uma excelente produção, bons momentos de nostalgia e o grande carinho da banda pelo público português.
Texto: Sónia Sanches
Fotos: Nuno Conceição/Everything is New
Agradecimentos: Everything is New
Fotos: Nuno Conceição/Everything is New
Agradecimentos: Everything is New