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21/02/2019

[Report] Lançamento do novo álbum dos Destroyers Of All em Coimbra, com Dallian, Terror Empire e Serrabulho


A noite de 02 de Fevereiro era de festa para os lados de Coimbra, apesar de não muito convidativa graça à Helena que teimava em relembrar os estragos causados pela sua irmã Leslie, mas nem isso demovia o grupo de metalheads conimbricenses, que se juntava à porta do Massas Club para assistir e dar o seu apoio à banda da casa Destroyers of All, que apresentavam o seu segundo trabalho de longa duração "The Vile Manifesto".


Como era de esperar e habitual nesta cidade, muito perto das 21h30 entram em cena os Dallian que se apresentaram a uma sala, que apesar de não estar cheia estava, minimamente composta e que dava indícios de estar familiarizada com a sua sonoridade, brindando a banda com muito movimento em frente ao palco.

Os Dallian apresentaram um setlist com foco no seu álbum de estreia "Automata" lançado no ano passado e com bastantes influências japonesas e steampunk. Os Dallian deram o mote para um início de festa que se perspectivava bastante animada.

Após a actuação dos novatos Dallian, eis que entra em cena um dos percursores (a par com os Destroyers of All e Tales for the Unspoken) do metal extremo conimbricense. Falo, claro, dos Terror Empire.

Donos de uma sonoridade muito própria e arrojada, em certas alturas, a lembrar o thrash que saía dos Estados Unidos nos anos 90, não é de admirar que a sala se colocasse em sentido e pronta a invocar os demónios da guerra a cada malha apresentada.

Os Terror Empire basearam, quase na totalidade, a sua actuação no seu último trabalho "Obscurity Rising" que foi muito bem recebido pelo público presente. O ponto alto chegou com as malhas Times of War e Servant, esta última que trouxe ao palco Marco Fresco (Tales for the Unspoken) e João Mateus (Destroyers of All) para alegria do público presente que acediam aos pedidos dos 3 vocalistas para iniciarem os tradicionais circle-pits.


Pouco passava das 23h quando se começam a ouvir as primeiras notas vindas das guitarras dos meninos de Coimbra, aos quais era associada toda esta festa. Em palco já Alex, João, Guilherme, Bruno e Filipe ultimavam os preparativos para a descarga de adrenalina que se avizinhava e à qual o público presente não estava indiferente, a contar pelo apoio demonstrado desde o inicio ao final da poderosa actuação.
Os Destroyers of All apresentaram o seu mais recente trabalho "The Vile Manifesto" que, já estando disponível online (sabe mais AQUI), tem arrancado muitos elogios (bastante merecidos na nossa opinião) de todos os pontos do underground português.

Não foi por isso de estranhar que no meio dos circle-pits, headbangings e air-guitars que se formavam em frente do palco, alguns soltassem mesmo os seus guturais a acompanhar os refrães que compõem os novos registos apresentados.


Mesmo apresentando o seu novo álbum, os Destroyers of All não esqueceram o que já começa a ser considerado como clássicos da banda, tendo a adrenalina exponenciado em temas como Hate Through Violence, Tormento e Into the Fire com a sala a aderir aos constantes pedidos vindos de todos os que naquele momento ocupavam o palco.

Com o aproximar do final da actuação ainda existiu tempo para relembrar o EP com Astral Projection e apresentar um bónus com Kill The Preacher, isto antes de finalizarem a actuação recorrendo a Death Healer.

Foi cerca de uma hora do que de melhor se faz por Coimbra e que a ninguém deixou indiferente, mostrando mais uma vez que as misturas de diferentes sonoridades e estilos podem mesmo coabitar com o metal que se faz nos dias de hoje em Portugal.

Ficamos à espera de ver até onde irão estes 5 meninos de Coimbra, com a certeza que pela força e garra apresentada hoje estamos presente um diamante em bruto que com a ajuda certa poderá ir muito longe. PARABÉNS.


A fechar a noite nada melhor que dar as boas vindas (mais uma vez) a Coimbra aos mestres do Party-Grind português.

Estes 4 transmontanos que há cerca de 2 semanas estiveram a fazer a festa e a apresentar o seu mais recente álbum "Porntugal" no festival de Freak n' Grind Xxxapada na Tromba em Lisboa, chegaram a Coimbra trazendo na bagagem uma mão cheia de surpresas e animação (ou não fosse esse sempre o mote da banda) para os presentes que aderiram sem nenhuma restrição como é típico num concerto de Serrabulho.

Entre invasões de palco, pillow-fights, introduções a lembrar música tradicional (vulgo pimba), disco-party, etc., o concerto de Serrabulho teve de tudo o que já nos vem habituando há muito tempo. Demonstram que o gosto por música pesada não passa apenas por ter poses com ar taciturno/carrancudo, adorações ao Belzebu, Gore, enfim tudo o que é associado ao movimento Trve. Antes pelo contrário, pode ser uma festa onde os fãs estão todos com mesmo objectivo: o de curtir a música que mais gostam e esquecer (nem que seja por algumas horas) os problemas que possam eventualmente ter no dia a dia.

Neste capítulo, os Serrabulho são, como já anteriormente afirmado os mestres da festa rija "à portuguesa", graças a um Tocá que não se coíbe de puxar pelo público que está à sua frente, bem como a restante banda que demonstra diversão a todos os níveis e durante toda a sua actuação.

Texto: Ricardo Branco
Revisão: Sabrine Lázaro
Fotos: Ricardo Branco

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A apresentação do álbum em Lisboa terá lugar no RCA Club já este sábado, 23 de Fevereiro, e conta com a participação dos Diabolical Mental State e Thirdsphere, em mais um evento com o apoio SFTD.
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