Apesar do anúncio de uma hora de
atraso para o início dos concertos, devido à súbita precipitação, o público fazia
fila para entrar por volta das 20h30m. Não vimos casa cheia, é um facto, mas
vimos uma assistência constante, que se
manteve, praticamente inalterável, durante as três atuações.
E, assim, às 21h, os finlandeses Stam1na subiram ao palco e
descarregaram de imediato a sua energia e boa disposição.
De sorriso nos lábios, não trataram só de aquecer o ambiente, mas também de demonstrar por que razão são aclamados pela crítica finlandesa desde o seu álbum de estreia, em 2005, tendo obtido vários prémios, bem como a permanência nos primeiros lugares do top de música na Finlândia, chegando a vender mais que os HIM.
Com mais de vinte anos de carreira, a banda apresentou temas incluídos, quer no seu álbum de estreia, quer no seu trabalho mais recente, Elokuutio, de 2016, sobrevoando ainda os seus outros trabalhos.
Conhecidos pelas preocupações ambientais e defesa dos direitos humanos, patentes na lírica, a banda transmite, ainda assim, otimismo.
Sempre a incentivar à participação dos presentes, por entre os quais detetámos umas quantas t-shirts da banda, os Stam1na puseram a sala do RCA ao rubro, com muitas palmas e gritos de entusiamo.Destacamos a rapidez do thrash, alternando com momentos mais melódicos, nos quais brilhou o trabalho dos dois guitarristas; os momentos em que ouvimos quatro vozes; e os refrões animados com a participação do público, que, aliás, já parecia saber falar finlandês… e até islandês, como vimos mais tarde.
Os islandeses Skálmöld eram muito aguardados pelo
público. Para além de vermos várias t-shirts vestidas na assistência, ouvimos
gritar pela banda, mesmo antes de a mesma surgir no palco.
Sabemos, sim, que, ao soar a melodia de Gleipnir, instalou-se o ambiente festivo, permitindo ao espírito folk tomar conta da sala. O público participou ativamente durante toda a atuação, acompanhando as melodias, com palmas e voz, que até de islandês nos pareceu que entendia. Surpreendidos ficámos nós com o conhecimento que revelou da banda e dos seus temas, e com todo o entusiasmo que observámos. De qualquer forma, era impossível ficar indiferente a um baterista que permanece com um sorriso nos lábios durante um concerto inteiro, às interpelações bem dispostas do vocalista, sempre a interagir com o público, ou à feliz simplicidade dos pés descalços do baixista e de um dos guitarristas.
Destacamos ainda a interpretação de Höndin sem veggina klórar e o final com Kvadning, tema bem conhecido de todos.
Com os temas integralmente cantados em islandês, seria uma proeza entendê-los, portanto, da lírica, sabemos pouco, para além da influência da literatura tradicional islandesa e da mitologia nórdica.
Sabemos, sim, que, ao soar a melodia de Gleipnir, instalou-se o ambiente festivo, permitindo ao espírito folk tomar conta da sala. O público participou ativamente durante toda a atuação, acompanhando as melodias, com palmas e voz, que até de islandês nos pareceu que entendia. Surpreendidos ficámos nós com o conhecimento que revelou da banda e dos seus temas, e com todo o entusiasmo que observámos. De qualquer forma, era impossível ficar indiferente a um baterista que permanece com um sorriso nos lábios durante um concerto inteiro, às interpelações bem dispostas do vocalista, sempre a interagir com o público, ou à feliz simplicidade dos pés descalços do baixista e de um dos guitarristas.
Destacamos ainda a interpretação de Höndin sem veggina klórar e o final com Kvadning, tema bem conhecido de todos.
Os finlandeses Omnium Gatherum fizeram
bom uso do ambiente caloroso que já aquecia a sala.
Ao longo dos doze temas que compunham a setlist (mais dois em encore), deliciámo-nos com este death metal melódico que consegue confundir-nos ao apresentar-se envolto na temática pesada e densa que lhe serve de base e, ainda assim, transmitir uma aura de positividade, emitida em cada uma das notas que compõem as extraordinárias melodias de temas como The Unknowing, Formidable, ou Frontiers.
Ao longo dos doze temas que compunham a setlist (mais dois em encore), deliciámo-nos com este death metal melódico que consegue confundir-nos ao apresentar-se envolto na temática pesada e densa que lhe serve de base e, ainda assim, transmitir uma aura de positividade, emitida em cada uma das notas que compõem as extraordinárias melodias de temas como The Unknowing, Formidable, ou Frontiers.
Desde o início da atuação, a inexcedível beleza da carga melódica emanada das guitarras interfere nas emoções do público, estabelece relação com ele, tornando-o recetivo à mensagem, sensível aos pormenores.
A tudo isto, não é alheia a capacidade comunicativa do vocalista, em interação frequente com o público, apelando às palmas e ao acompanhamento dos temas.
Temas como Nail e The Sonic Sign conseguem romper a
harmonia das melodias fortes de outros títulos e oferecem um ambiente
diferente, mais agressivo e com um ritmo mais rápido. Por esta razão, o
concerto não se tornou aborrecido, mas antes ativo, bem disposto e variado.
Metade da setlist compôs-se de temas
pertencentes ao álbum Beyond, de 2013, e os restantes
distribuídos pelos álbuns New World
Shadows (2011), Redshift (2008) e
Grey Heavens (2016), incluíndo ainda
o recente single Blade Reflections.
Terminou assim a passagem da tour The Arctic Circle Alliance – Chapter One por Lisboa, deixando o
frio que, finalmente, veio para ficar e proporcionando-nos uma excelente noite,
da qual lamentamos apenas a casa pouco cheia, muito embora o extraordinário
ambiente tivesse compensado largamente a falta de público.
Texto: Sónia Sanches
Agradecimentos: Amazing Events
Fotos: Sónia Ferreira/World of Metal ao quais agradecemos pela cedência das fotos (todas as fotos e report WOM podem ser encontradas aqui: Fotos Skálmöld | Fotos Stam1na | Report )
Texto: Sónia Sanches
Agradecimentos: Amazing Events
Fotos: Sónia Ferreira/World of Metal ao quais agradecemos pela cedência das fotos (todas as fotos e report WOM podem ser encontradas aqui: Fotos Skálmöld | Fotos Stam1na | Report )