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Peste & Sida @ Festival Bardoada e AJCOI |
Já com duas edições anteriores, o Festival tem sido uma iniciativa de sucesso, tendo-se tornado um evento de referência que regista sempre melhoramentos ao nível do espaço e dos serviços. Este ano, notámos mais e melhor oferta nos “comes e bebes”, que só boa música não segura o metaleiro, e pudemos apreciar, mais reconfortados, as atuações do grupo de percussão Bardoada, que animaram o espaço exterior, nos intervalos entre os concertos.
O primeiro dia, dedicado ao punk e ao rock, contou com uma assistência que tardou em aparecer e que só encheu o espaço dos concertos já a meio do cartaz, ou não fosse uma sexta-feira, dia de trabalho. Não pudemos, pela mesma razão, assistir à atuação dos Escroto, banda de punk do Pinhal Novo, cuja presença confirma a intenção da organização de apoiar e divulgar os novos projetos de música locais. Este primeiro dia contou, assim, com as atuações das seguintes bandas: Escroto, Artigo 21, Branco, Moe’s Implosion, Um Zero Azul, Low Torque e, por último, os Peste & Sida, a encabeçar o cartaz.


Seguiu-se Branco, para nós, a surpresa (agradável) da noite. Não esperávamos uma associação tão interessante entre o rock e o hip hop e, mais ainda, não contávamos ficar inebriados pelas notas do sampler, enquanto tentávamos, em simultâneo, absorver o conteúdo das letras. Como se isso não bastasse, ainda sentimos a força das guitarras a acompanhar a carga emotiva da mensagem. Se a qualidade do som tivesse permitido captar toda esta informação com maior definição, provavelmente, haveria lugar a arrepios. Guardámo-los para a audição do álbum de estreia “Camelot”, lançado este ano, e desta atuação, destacamos a faixa “Pnm” (Palavras não Magoam), da qual gostámos particularmente.


A banda Um Zero Azul mostrou-se visivelmente satisfeita por estar presente neste festival, uma vez que o Pinhal Novo é o berço do projeto UZA. O público reagiu muito favoravelmente a este rock ligeiro, com pinceladas eletrónicas, letras simples mas emotivas e melodias fáceis de acompanhar, que produzem, fundamentalmente, boas e agradáveis canções. Trata-se de um trio com quem se simpatiza facilmente e que mantém boa interação com o público. Destacamos os bons momentos do solo de bateria de David Sequeira e o tema “Quem não quer ver?”, bem conhecido, originalmente com a participação de Tim, dos Xutos e Pontapés.




Terminou assim o primeiro (e longo) dia do Festival Bardoada e Ajcoi, com boa música e excelente ambiente, a fazer-nos deixar o Pinhal Novo já a ansiar pelo segundo dia, no qual também não pudemos deixar de estar presentes
TEXTO: Sónia Sanches
FOTOS: António Gaspar (todas as fotos aqui)
REPORT 2º DIA (em breve aqui)