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23/04/2018

[Report] Havok, Darkest Hour, Cephalic Carnage e Harlott @ LAV Lisboa Ao Vivo


Não podemos dizer que estava uma casa cheia no passado dia 18 no LAV, mas podia sentir-se a energia daqueles que esperavam ansiosos as atuações de Harlott, Cephalic Carnage, Darkest Hour e Havok.

Neste evento, que era um warm up do Vagos Metal Fest, a banda australiana Harlott foi a primeira a subir ao palco, presenteando-nos com um poderoso e fresco thrash e com o seu bom humor espelhado logo de início, como mostra a colocação duma t-shirt da banda em cima do pano de fundo da banda seguinte a identificá-los. “It´s an XL” diziam brincando.
Pudemos ouvir temas fortíssimos como Effortless Struggle, None, Export Life e Means To An End, que em conjunto com a sua boa-disposição foram conquistando o público tornando-o mais participativo e levando-o a despedir-se com um forte aplauso.


De seguida vieram os americanos Cephalic Carnage com o seu invulgar grindcore/death metal e transmitindo durante o concerto o seu lema de vida: “How many people here like strong weed? And beer? If you got weed we would like to get stoned with you “.

O concerto contou com temas como Persistent Cerebral Arousal Disorder e Raped By a Orb. Com Black Metal Sabbath, a banda colocou máscaras, tendo o baixista que colocado uma cabeça de cavalo.

Os músicos de Darkest Hour também subiram palco substituindo os de Cephalic Carnage momentaneamente, à exceção do vocalista, tornando toda a situação ainda mais insólita. A actuação decorreu numa transição de sonoridades distintas, surpreendendo o público e levando-o à abertura do circle pit e ao mosh em algumas ocasiões e noutras ainda gritando numa só voz com a banda “Weed. Beer. Weed. Beer.”


A banda de metalcore americana Darkest Hour, continua a partilhar o seu mais recente trabalho Godless Prophets & The Migrant Flora. Knife In The Safe Room, Enter Oblivion e Those Who Survived foram três dos temas tocados deste álbum.

A banda fez ainda uma mini tour pela sua discografia em que pudemos ainda ouvir An Epitaph e Violent By Nature. Por esta altura percebia-se que as últimas pessoas já tinham chegado e que a sala não iria encher mais do que o parco público presente.

Não obstante, Darkest Hour foram recebidos com animação, culminando a sua apreciação na cover dos Dead Kennedys, Nazi Punks Fuck Off, cantado por todos e acompanhado por mosh.


A introdução para os thrashers americanos Havok deu-se de forma mágica e singular, com o público a entoar “Bohemian Rhapsody” dos Queen do princípio ao fim da intro dando assim mote de entrada para uns demolidores Havok. F.P.C, Masterplan, Ingsoc, Intention To Deceive, Point Of No Return e Covering fire foram alguns dos temas tocados com uma energia inabalável e interminável traduzida no circle pit em mosh e stage diving.

From the Cradle to the Grave foi tocada com Nick Schendzielos a aparecer na varanda do segundo andar, descendo depois para junto do público e terminando o tema no circle pit. Foi definitivamente o homem da noite, não só pela dupla presença (Cephalic Carnage e Havok), como também pelo seu carisma e energia.

“Poucos, mas bons” foi sem dúvida é o espírito desta noite recheada de bandas de qualidade e justamente apreciadas por um público que terminou esgotado mas feliz.

Texto: Margarida Salgado
Fotos: Igor Ferreira (mais fotos abaixo / todas as fotos no álbum no facebook aqui)
Agradecimentos: Amazing Events





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