Neste sábado teve lugar a final do 1º Concurso de Bandas do Vialonga Fest, evento do qual tivemos muito prazer em fazer parte, tanto como media partner, como membro do juri.
A Sociedade Recreativa da Granja começou a receber desde cedo entusiastas e curiosos, para assistir aos concertos das sete bandas finalistas, apuradas na primeira fase de entre 39 bandas concorrentes.
Pelas 17h00 subiram ao palco os Bala Verde, projecto muito interessante oriundo da Arruda dos Vinhos, que cruzou o metal com rap/hip-hop, com forte componente interventiva, aos quais não ficámos indiferentes, tendo sido para nós uma das agradáveis supresas da jornada, principalmente quando nos brindaram com uns segundos de "kuduro/metal"(!).
De seguida vieram os Contrasenso, referenciados como sendo da Bobadela, uma vez que é o local onde todos os elementos se reúnem para ensaiar. Com uma actuação dinâmica e divertida, deram festa para o público com um punk-rock orelhudo que satisfez muito quem assistiu.
Antes do intervalo para jantar ainda tivemos oportunidade de assistir à exibição de força dos Impera, de Lisboa, que surpreenderam boa parte da assistência com o seu groove metal poderoso, alicerçado num belo trabalho de bateria, com destaque para o vocalista que com a sua entrega contagiou a plateia.
Os também lisboetas All Against deram uma exibição portentosa de thrash metal , de influências old school e que nos soaram bem melhor ao vivo que nas gravações que havíamos ouvido anteriormente. Banda sólida e coesa, preparam-se para arrasar os palcos que lhes apareçam pela frente.
Voltando ao punk rock, os Horas Vagas reúnem um conjunto de experientes músicos, conhecidos por outros projectos como o Manelito dos Alcoolémia/Re-Censurados. Uma actuação segura, com temas fortes, e que culminou em alta com a dedicatória a João Ribas no tema Censurado.
A penúltima banda do concurso a actuar foram os Never End. Com um poderoso rock alternativo, que não raras vezes roçou o metal, tanto em termos instrumentais como na voz, a banda lisboeta mostrou muito potencial, deixando curiosidade para os ver novamente em breve.
A fechar o concurso actuaram os Persona 77 do Montijo. O seu rock alternativo com temas fortes e orelhudos captou bastante a atenção do público, que acompanhou o carismático vocalista nalguns temas. A banda mostra uma grande segurança e é um nome a ter em conta no futuro.
Para fechar a noite e enquanto o júri se reunia para o difícil veredicto final, muito por culpa do excelente naipe de concertos a que se assistiu, actuou uma banda de jovens local, os Geração 2000, que tocaram covers de rock, nomeadamente alguns clássicos do rock português, como Xutos & Pontapés, com homenagem a Zé Pedro, ou a Peste & Sida, com a participação do guitarrista dos mesmos, Orlando Cohen, que fazia também parte do trio de júris do concurso, a par de Marta Carvalhal da IRIS FM e de Nuno Santos da SFTD Radio.
No fim, a vitória coube aos Impera, que assim ganharam direito a actuar no Vialonga Fest de 2 de Junho, bem como um cheque no valor de 250 Eur de uma loja de instrumentos musicais.
Em resumo, foi uma jornada que mostrou que o rock está de boa saúde com cada vez mais e melhores projectos a despontar, tendo proporcionado a todos os que assistiram , em generoso número tanto à tarde como à noite, excelentes concertos, e na qual tivemos muito prazer em participar, aproveitando este parágrafo para agradecer ao organizador Marcos Rebocho e a toda a equipa do VEM-Vialonga em Movimento.
Texto e Fotos: Nuno Santos
Podem visualizar as actuações na página Aqui Há Rato, de Luis Rato, cujos vídeos iremos actualizando abaixo: