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23/08/2017

[Report] Vagos Metal Fest 2017 (3º dia)

13 de Agosto, com Attick Demons, Chelsea Grin, Cough, Gorguts, Hammerfall, Havok, Miss Lava, Reaktion e Whitechapel 


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No terceiro dia, manteve-se o calor das 16h e a tendência para encher o recinto cada vez mais tarde. Preparava-se um dia longo, com anúncio de conferência de imprensa perto do final do festival (ver no fim), e mais nove concertos para fazer estremecer a Quinta do Ega.

Quem não se deixou intimidar pela ainda reduzida afluência foram os catalães Reaktion, com o seu thrash metal curto e direto, a animar os festivaleiros ainda entorpecidos que a esta hora já marcavam presença.

Já com mais gente na zona do palco, os Attick Demons alteraram o sonoridade e o ambiente, e começaram logo com The circle of light, que rapidamente fez movimentar o público. Os apreciadores do bom heavy metal tiveram direito a vários excelentes momentos, dos quais destacamos a interpretação de City of Golden Gates, ou Let’s Raise Hell!, que acompanharam ativamente.

Sete anos depois do Vagos Open Air 2010, os Miss Lava regressaram à Quinta do Ega (ndr: a actuação anterior teve lugar na Lagoa do Calvão), para um concerto, segundo eles, ainda melhor . Vimos o público a reagir muito bem ao rock da banda de Lisboa e a responder às solicitações do vocalista, com circlepit e palmas. Destacamos o recente Black Unicorn, single de estreia do EP Dominant Rush, lançado no mês passado.


Minutos antes do concerto de Chelsea Grin, já sentíamos que algo de diferente se ia passar. Recinto bem mais cheio e público muito jovem perto do palco, ansioso para o estouro de atuação que se seguiria. A agressividade do deathcore destes americanos teve como resultado muito mosh, circle pit e  crowd surfing com fartura, nesta que foi a sua primeira visita a Portugal.


Os americanos Havok encontraram o público bem aquecido pela banda anterior e foi fácil pôr toda a gente a mexer na zona do palco. Apresentaram o seu  thrash metal e destacaram o seu último álbum, Conformicide, lançado em março deste ano, ao anunciarem o tema Ingsoc.


Voltámos ao deathcore, também norte-americano, agora dos Whitechapel. Se é verdade que a faixa etária mais jovem predominava na linha da frente, também é verdade que vimos alguns, já na faixa dos idosos, a vibrar com esta atuação, um pouco mais atrás. O cenário foi semelhante ao de Chelsea Grin, com o público a formar, desde logo um circlepit que ocupou grande parte da zona do palco.


Até soube bem a mudança de sonoridade na passagem para os suecos HammerFall. Apesar de o concerto ter sido antecipado meia hora e de ter ficado em sobreposição com a conferência de imprensa, ainda conseguimos ouvir Bring it! e Let the Hammer Fall, com o público a entoar os refrões. Sem dúvida, o power metal tomou conta do recinto e motivou o público a participar do início ao fim.


Nas últimas horas do festival, ainda tivemos tempo de nos surpreendermos com o death metal técnico dos canadianos  Gorguts, que interpretaram, entre outros, temas como Le Toit du Monde ou  An Ocean of Wisdom,do seu último álbum Colored Sands.



Chegou, finalmente, a vez dos COUGH e novamente o doom a encerrar a noite. A banda norte-americana trouxe imagens suas para serem projetadas nos écrãs e criou assim o ambiente pretendido. Quanto à sonoridade, ficou-nos no ouvido a voz que quase gritava e que em nada lembrava um humano. Aliás, este é um dos traços distintivos da banda.
O tempo que se ganhou com a antecipação dos HammerFall fez, então, toda a diferença  e permitiu terminar o festival dentro do tempo previsto.

A escrita já vai longa e o Vagos Metal Fest é muito mais do que um desfile de bandas. Guardámos este espaço final para referir que o recinto está bem mais agradável e maior, com mais diversidade na oferta das bebidas e das refeições. É possível, assim, descansar um pouco da agitação e ruído da zona do palco e jantar mais sossegadamente no beer garden.

Felicitamos, também, a organização pela atenção e apoio dados às equipas de reportagem presentes. 
Da conferência de imprensa, retivemos o essencial: cerca de 15.000 festivaleiros num evento que pretende ser uma referência na Península Ibérica para os apreciadores dos sons mais pesados. 

Para 2018, há já a promessa de 4 dias de festival e dois palcos, sempre com o apoio da Câmara Municipal de Vagos, que muito se orgulha deste evento, e também sem perder de vista o reconhecimento e o apoio aos Bombeiros Voluntários de Vagos.

Ficam ainda na memória a boa disposição do público, o ambiente pacífico, e até a imagem de alguns bombeiros a filmarem momentos do concerto de Soulfly, tal foi a falta de serviço, felizmente.

Partilhamos também aqui o resumo publicado recentemente pela página oficial do evento:

Por tudo isto e muito mais, vemos-nos em 2018.

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Texto: Sónia Sanches
Fotos: Nuno Santos (todas as fotos aqui)

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