Faltava um quarto de hora para as 23 horas, quando perante uma sala que ainda não teria mais de três dezenas de espetadores, os Vendetta FM subiram ao palco.
Oriundos de Murcia, Espanha, trouxeram até Cascais um som algures entre o hardcore e o metal, para uma noite virada para o folk e o death metal e talvez por isso tiveram de batalhar para quebrar o gelo inicial de uma plateia pouco recetiva.
Logo desde o primeiro tema, ‘Camino a tus sueños’, do mais recente trabalho "Inocencia Perdida" (2015), o vocalista Jacob desceu do palco para vir buscar público, gladiando durante toda a atuação para conquistar o seu espaço, sendo recompensado com o crescendo de aplausos que foram recebendo, beneficiando para isso também de um bom som e da irrepreensível entrega de todos os elementos da banda.
Começaram por apresentar ao público nacional o mais recente trabalho, abrindo a atuação para além do já referido tema, com no ‘Hay piedad’ e ‘Hombre nuevo’, com o vocalista Jacob a demonstrar versatilidade na voz, conseguindo algumas vocalizações que vão para além daquilo que se faz no hardcore entrando no espectro do metal mais pesado.
Seguiu-se ‘La ley de la calle’ e depois uma viagem ate 2011 e ao trabalho “Espiritu de lucha” para tocarem o tema com o mesmo nome, único tema desse trabalho a ter a oportunidade de ser contemplado pelos presentes.
‘Decepción’ ("Inocencia Perdida") antecipou talvez o momento mais alto da atuação, uma muito boa cover dos norte-americanos Madball com a malha ‘100%’ numa altura em que já tinha conquistado uma parte do público que não era o seu.
Finalizaram com ‘Siempre fuertes’ e ‘De por vida’ do EP “De Por Vida”, tendo tocado pelo meio ‘Crea tu destino’ em mais uma promoção do último álbum.
Seguiu-se ‘La ley de la calle’ e depois uma viagem ate 2011 e ao trabalho “Espiritu de lucha” para tocarem o tema com o mesmo nome, único tema desse trabalho a ter a oportunidade de ser contemplado pelos presentes.
‘Decepción’ ("Inocencia Perdida") antecipou talvez o momento mais alto da atuação, uma muito boa cover dos norte-americanos Madball com a malha ‘100%’ numa altura em que já tinha conquistado uma parte do público que não era o seu.
Finalizaram com ‘Siempre fuertes’ e ‘De por vida’ do EP “De Por Vida”, tendo tocado pelo meio ‘Crea tu destino’ em mais uma promoção do último álbum.
Saíram de palco cobertos de suor, num esforço meritório brindado com aplausos e alguns fãs novos.
Perto da meia-noite subía ao palco aquela que acabou por ser uma das bandas revelação do ano passado, apesar de já se movimentarem no underground nacional desde 2009, com um grande álbum “When Fire Engulfs the Earth” e uma grande atuação no VOA Fest.
Os Dark Oath apresentam um som com óbvias influências de bandas como Amon Amarth mas reforçando a sua música com orquestrações, fazendo fluir o peso do Death Metal sobe as melódicas linhas do folk, uma sonoridade que se revela bastante original dentro da cena nacional.
Os Dark Oath apresentam um som com óbvias influências de bandas como Amon Amarth mas reforçando a sua música com orquestrações, fazendo fluir o peso do Death Metal sobe as melódicas linhas do folk, uma sonoridade que se revela bastante original dentro da cena nacional.
A casa estava ligeiramente mais composta mas ainda assim muito despida de gente para aquilo que a noite merecia, apesar disso a banda encontrou uma plateia mais recetiva e desde logo cativou a atenção dos presentes e colocou os corpos em movimento.
O seu som recheado de bons solos, belos momentos sinfónicos, reforçado pelo peso do Death metal, rompendo violentamente dos instrumentos e da poderosa voz da vocalista Sara Leitão, e por uma aura épica sempre presente.
Era isso que trouxera o público ao Stairway Club e que manifestamente colocava a plateia no ponto para a banda que fecharia a noite e que todos queiram ver. Mas antes que isso pudesse acontecer foi com satisfação que se viu os Dark Oath desfilarem temas do último trabalho numa demonstração de confiança da banda no trabalho e na direção apontada pelo referido álbum bem como da boa receção que o mesmo mereceu da parte do público.
Saíram de palco ao fim de pouco mais de meia hora de atuação sob um coro de aplausos.
Vinte e dois anos de existência, doze álbuns, uma banda percursora na fusão do Folk Metal com o Melodic Death Metal, os Alemães Suidakra dispensam apresentações. A banda de Düsseldorf, desceu até terras lusitanas para narrar temas da mitologia céltica como só eles sabem guiados pelo multifacetado Arkadius.
Era uma hora em ponto quando ser ouviram os primeiros acordes de ‘Dark Revelation’ do mais recente álbum “Realms of Odoric” (2016) ouvindo-se aplausos generalizados pela sala que saúdam a banda, presenteando os germânicos com a melhor receção da noite.
Sem a presença de Tina logo se percebeu que não haveria temas como ‘Birogs Oath’ mas que não faltariam grandes momentos numa atuação que deixaria de fora os primeiros trabalhos mas que percorreria todos os álbuns lançados desde 2000 com exceção de “Signs for the Fallen”.
Sem a presença de Tina logo se percebeu que não haveria temas como ‘Birogs Oath’ mas que não faltariam grandes momentos numa atuação que deixaria de fora os primeiros trabalhos mas que percorreria todos os álbuns lançados desde 2000 com exceção de “Signs for the Fallen”.
Seguiram a atuação num solitário regresso ao ano de 2002 e ao álbum “Emprise to Avalon” com o tema ‘Pendragon's Fall’ arrancando com facilidade headbangings,
A banda não se intimidou pelo pouco publico e com entrega arrancou para uma grande atuação, provocando um bailarico numa plateia que respondia a todos os apelos que vinham do palco, enquanto desfilavam temas como ‘March of Conquest’, ‘The Hunters Horde’ e ‘Dead Man's Reel’.
A banda não se intimidou pelo pouco publico e com entrega arrancou para uma grande atuação, provocando um bailarico numa plateia que respondia a todos os apelos que vinham do palco, enquanto desfilavam temas como ‘March of Conquest’, ‘The Hunters Horde’ e ‘Dead Man's Reel’.
Pelo meio, em ambiente de grande proximidade e celebração, Arkadius, sem nunca deixar de tocar, vem até ao palco para buscar um copo do vinho português que já antes elogiara, acabando por ficar por momentos a tocar no meio do público.
A atuação acabara por se transformar num concerto íntimo, de grande proximidade que parecia agradar tanto à banda como ao público.
A viagem prosseguiu então com ‘The IXth Legion’, ‘Isle of Skye’, ‘Lion Of Darkania’ e ‘Balor’, depois uma pequena pausa antes de a banda anunciar mais dois temas que iriam apelar para a entrega das últimas forças daqueles que celebravam junto ao palco. Assim sendo ‘Pictish Pride’ arrancava com um mosh e gargantas afinadas da plateia que naturalmente acompanhavam a banda no refrão.
Para o final e não sem antes todos os membros terem enchido os copos, ficou a música mais veterana que tocaram ‘Wartunes’ do álbum “The Arcanum” (2000) que soltou um forte mosh, muito headbanging, metal horns e até crowd surfing improvisado, dando final a um concerto que terá pecado apenas por ter sido um pouco curto.
Para o final e não sem antes todos os membros terem enchido os copos, ficou a música mais veterana que tocaram ‘Wartunes’ do álbum “The Arcanum” (2000) que soltou um forte mosh, muito headbanging, metal horns e até crowd surfing improvisado, dando final a um concerto que terá pecado apenas por ter sido um pouco curto.
Primeiro Warm Up para o Vagos Metal Fest concluído, bons concertos que dão o mote para um festival que se espera um enorme sucesso, capaz de cimentar um lugar no panorama nacional depois do sucesso da primeira edição. Apenas a lamentar a sala não ter enchido porque o nível apresentado em cima de palco bem como as boas condições e staff do Stairway Club mereciam mais publico.
Texto: Henrique Duarte
Agradecimento especial ao Igor Ferreira (segue a sua página no facebook) pela cedência das fotos