O ROOM5, no Cais do Sodré em Lisboa, foi o espaço escolhido para a realização do Rockline Tribe Fest no passado sábado, 14 de Abril. Um espaço bastante agradável e com óptimas condições para receber centenas de pessoas.
Pelas 22 horas já a sala já estava bem composta e preparada para dar início a uma noite que se previa de peso e intensidade.
Pelas 22 horas já a sala já estava bem composta e preparada para dar início a uma noite que se previa de peso e intensidade.
A banda convidada para abrir a noite foi We Are The Damned, formada em finais de 2007 pelo vocalista Ricardo Correia e pelo baterista Paulo Lafaia. Banda que ainda no ano passado esteve em festivais de metal portugueses, tais como o Vagos Open Air e o Metal GDL em Grândola e que têm provado o seu papel no cenário do metal português, ainda no mês passado esteve numa pequena tour pela Europa, aproveitando para divulgar o lançamento da versão vinil do seu último álbum, lançado em Março do ano passado, Holy Beast.
Começaram o concerto cheios de garra e energia, ou não fosse o tema Christian Orgy pedir isso mesmo. Tocaram temas do seu último álbum e conseguiram transmitir o poder e a mensagem que os temas apresentam. Era com palavras de revolta e indignação para com as atitudes do governo actual que Ricardo ia introduzindo os temas. A energia fez-se sentir no público com moshes e gritos de apoio para com a banda. Terminaram com The Glorious Grisly.
SET LIST
Christian orgy
Serpent
Vengeance Havoc
Summon the Black Earth
Reaper
Throne of lies
Devorador dos Mortos
Atrocity Idol
The Glorious Grisly
A segunda banda a pisar o palco foi The Temple, a banda que está quase a fazer os vinte anos de existência e que em virtude de estarem a trabalhar num novo álbum já não tocavam ao vivo desde Agosto do ano passado. Começaram logo a abrir com o tema Ticket Please, mas na terceira música, War Dance, tiveram problemas com o pedal da bateria e foram obrigados a fazer uma pausa. Sentiu-se uma quebra no ambiente mas rapidamente o problema foi resolvido e retomaram o mesmo tema na parte em que há um solo de bateria e em que mais três membros da banda tocam com o baterista Rui. Foi um solo enérgico e uma óptima escolha para retomar o concerto que num instante reaproximou do palco os que se tinham afastado no momento da pausa.
Tocaram temas do álbum Diesel Dog Sound e ainda nos presentearam com dois temas novos, Underground e Violent World, este último tocado logo após a cover de Budapeste (dos Mão Morta), cantado em uníssono com o público. Sentiu-se sempre grande intensidade por parte da banda obtendo o respectivo feed-back por parte da assistência. Foi também de salientar o regresso do vocalista João Luís que se tinha ausentado da banda por um período de quatro anos e agradeceu publicamente o acolhimento por parte dos The Temple. Terminaram um concerto cheio de vigor e rock intenso, com um dos seus temas mais conhecidos, Millionaire.
SET LIST
Ticket Please
Baby Hate
War Dance
DDS
Fightbull
Underground
22 Belzebu
Shoot Me
Budapeste
Violent World
Millionaire
Os MenEater, que surgiram da ligação de quatro projectos diferentes ganharam forma em 2004. Fizeram deste o seu penúltimo concerto antes dumas “férias prolongadas no Algarve” e sem data de regresso prevista, conforme palavras do vocalista, Mike. Abriram com o tema Savn e rapidamente o som das guitarras encheu o espaço criando logo uma forte envolvência. Na segunda música o baixista teve um problema no cabo, e Mike aproveitou esse período para pedir salvas de palmas a todas as outras bandas que actuaram e a que ainda ia actuar. Com o problema do cabo resolvido, o som atraente de MenEater, os solos de guitarra, a bateria e a voz, que apesar de um pouco baixa relativamente ao resto, foram se interligando e interagindo com o público presente. Sentiu-se apesar de tudo que o estilo musical da banda não estava tão bem enquadrado no ambiente da noite como seria de esperar e por esse motivo sentiu-se uma quebra por parte de algumas pessoas no público, mas apesar disso os membros da banda assim como os fãs sentiram o poder que emanava do palco e viveram o momento com intensidade.
SET LIST
Savn
First Season
Heartbeating
Black
intro
Revólver
Ilusion One
Broken Fiction
Ground Beneath
intro
Sustain the Living
Lisboa
The Golden
Após uma pausa (um pouco mais longa para uns pequenos ajustes finais no som), foi chegada a vez da banda mais aguardada da noite, Bizarra Locomotiva. Banda precursora da música industrial no nosso país e que têm ao longo de quase vinte anos angariando tripulantes para os acompanhar na sua locomotiva, mais uma vez subiu ao palco para mexer com os sentidos dos presentes, tanto a nível auditivo como visual. Todos os membros, excluindo o baterista surgiram no palco forrados a plásticos e tinta preta, algo a que já habituaram os fãs.
Foi com o tema Usina, do álbum Ódio, que iniciaram o concerto e imediatamente os presentes na frente do palco se agitaram e pularam juntamente com Sidónio, o vocalista. Sidónio, que tinha a parte de cima do corpo pintada com uma espécie de tinta preta plástica, foi arrancando pedaços da mesma ao longo do concerto, começando pelo pescoço e seguindo para partes do peito, do braço até ficar praticamente sem nada. Tocaram temas desde o seu álbum Bestiário, de 1998, passando por Homem Máquina, Ódio e finalmente o seu último trabalho, Álbum Negro. Foi num tema deste último, Ergástulo, que o vocalista saiu do palco, passou por entre o público e subiu até uma base de coluna lateral de onde cantou uma parte. Durante todo o concerto, Sidónio não parou, sempre cheio de energia e o resultado fez-se sentir, o público reagiu com moshes, crowd surfing e grande movimento na parte frontal do palco. Terminaram com Escaravelho, tema do seu álbum Bestiário e foi com a saída de Sidónio e com a guitarra ainda a ressoar ao ritmo das batidas finais que terminou um concerto brutal, tanto pela energia como pelas sensações transmitidas, ora raiva, angústia ou até mesmo nostalgia. Como a banda diria, até à próxima estação.
Usina
Engodo
O Anjo Exilado
Gatos do Asfalto
Desgraçado de Bordo
Ergástulo
Outono
O Frio
Druidas
Fantasma
Cada Homem
Procissão dos Édipos
Apêndices
Egodescentralizado
Cavalo Alado
O Escaravelho
Escrito por : Miriam Mateus
Estes vídeos transmitem na perfeição a intensidade do concerto da Bizarra Locomotiva :
Gatos do Asfalto
Desgraçado de Bordo
Vídeos cortesia do canal YouTube mofoproject
FILMADO POR: RENATO CONDE E ÍRIS JORDÃO
http://www.vimeo.com/renatoconde
http://www.youtube.com/user/irisandroid
EDIÇÃO DE VÍDEO E MONTAGEM: MIGUEL FONSECA
www.bizarralocomotiva.com
Estes vídeos transmitem na perfeição a intensidade do concerto da Bizarra Locomotiva :
Gatos do Asfalto
Desgraçado de Bordo
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