(c) Jorge Pereira / Loudness Magazine |
Oportunidade única para ver o nome dos Big Four que faltaria a muitos dos fãs de Thrash nacionais, para completar a caderneta, num ano em que já passaram por terras lusas Slayer e com os Metallica já com data marcada e esgotada para 2018.
A honra de abrir as hostilidades coube aos alentejanos Mindtaker, vencedores do concurso de bandas do Santa Maria Summer Fest 2014 e mais recentemente do W.O.A Metal Battle Portugal, prometendo levar para cima do palco a rapidez insubordinada do seu Old School Trash Metal.
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Os poucos bilhetes que restavam na bilheteira rapidamente voaram e as filas para trocar bilhetes e para entrar pareciam intermináveis, situação agravada pelo atraso na abertura de portas e pela conjuntura atual que obrigou a revistas mais rigorosas, o que teve como consequência que os Mindtaker começassem a sua atuação ainda com muita gente na rua.
Não se mostraram incomodados, presenteando aqueles que já se encontravam dentro da sala com uma solida amostra da qualidade do seu thrash metal logo com ‘Down Of Terrorism’. A juventude da banda, que poderia fazer deles discípulos dos senhores que se seguiam, era compensada com atitude, entrega e o óbvio prazer de estar a fazer música naquele palco.
Se um mês antes os Slayer tinham tido honras de abertura com thrash metal na língua de camões, com a atuação dos Rasgo, o mesmo sucedeu com os Anthrax quando os Mindtaker tocaram ‘Destruição Total’ e ‘O mais ruim que se negue’ numa altura em que o stage diving ainda era possível e alguns aventureiros se lançavam ao mar de gente que preenchia a sala.
Portanto quando deixaram o palco após pouco mais de meia hora de atuação, deixaram a sala em ebulição, com os riffs de ‘Toxic War’ a ecoar nas mentes durante os minutos que antecederam a subida a palco dos Anthrax.
Não se mostraram incomodados, presenteando aqueles que já se encontravam dentro da sala com uma solida amostra da qualidade do seu thrash metal logo com ‘Down Of Terrorism’. A juventude da banda, que poderia fazer deles discípulos dos senhores que se seguiam, era compensada com atitude, entrega e o óbvio prazer de estar a fazer música naquele palco.
Provocando igual entrega do público, rapidamente conquistando os primeiros headbanging e logo se esboçando os primeiros circle pits da noite, à medida que os primeiros temas iam desfilando.
Se um mês antes os Slayer tinham tido honras de abertura com thrash metal na língua de camões, com a atuação dos Rasgo, o mesmo sucedeu com os Anthrax quando os Mindtaker tocaram ‘Destruição Total’ e ‘O mais ruim que se negue’ numa altura em que o stage diving ainda era possível e alguns aventureiros se lançavam ao mar de gente que preenchia a sala.
Quando o hit ‘Drink Beer for Thrash’ surgiu já o pit se tinha há muito intensificado e o suor era a matéria que cobria os corpos que a cerveja que escorria nas gargantas tentava em vão arrefecer.
Portanto quando deixaram o palco após pouco mais de meia hora de atuação, deixaram a sala em ebulição, com os riffs de ‘Toxic War’ a ecoar nas mentes durante os minutos que antecederam a subida a palco dos Anthrax.
Nova Iorque, 1981, Scott Ian Rosenfeld fundava uma banda que iria influenciar sobretudo através dos três primeiros álbuns, toda a cena thrash metal. Os anos noventa e a saída temporária de Joey Belladonna colocaram em risco a continuidade da banda, que em 2003 com “We've Come For You All” voltaria a reencontrar o seu som, mas só com o regresso de Joey Belladonna e com grandes albuns de thrash metal no seu estilo inconfundível como “Worship Music” e “For All Kings” garantiriam que em 2017 teríamos uma oportunidade para ver a banda em palco em território nacional com a casa cheia, naquela que era a segunda passagem por Portugal em 36 anos de existência e onze álbuns.
Assim que surgiram os primeiros vultos dos músicos em palco, ouvem-se aplausos, gritos e ergue-se uma floresta de metal horns. O primeiro riff de ‘Among the Living’ faz-se ouvir e o público explode aos saltos, 27 anos de ansiedade que se libertam sobe a forma de mosh, headbanging e crowd surfing.
Algumas dificuldades no som do micro de Belladonna foram corrigidas e quase imperceptíveis para alguns dado às vozes do público que desde logo se mostraram voluntariosas a cantar com a banda.
(c) Jorge Pereira / Loudness Magazine |
Tendo apresentado o trabalho mais recente através dos temas ‘Breathing Lightning ‘ e ‘All of Them Thieves ‘ recebidos com a mesma entrega e intensidade no mosh que os anteriores. Focados em tocar , foram poucos os momentos de pausa para dialogar com o público, excepção para recordar a última passagem e ouvirem um coro de vozes a gritar pelo seu nome, e para elogiar o pessoal no pit, absolutamente incansável e imparável durante toda a actuação.
A set list terminava com o clássico ‘Indians’ merecedor de um bruto circle pit que até a própria banda terá surpreendido, que rendida ao público português, decidiu presentear todos com mais um tema não previsto, do mesmo álbum “Among The Living” tocaram ‘I Am The Law’ para finalizar uma noite memorável para fãs e banda.
Abandonaram o palco sob aplausos e gritos e a súplica no olhar dos fãs para que não se passem mais 27 anos ate novo encontro.
Um sincero agradecimento à Hell Xis Agency por ter conseguido trazer a Portugal um nome que se exigia e pela nostalgia proporcionada por ver de novo grandes bandas no Cine Teatro de Corroios.
Uma noite que, apesar das filas, do esgotar da cerveja e do tradicional efeito sauna do recinto, foi memorável. Aguardamos novo encontro com os nova-iorquinos para mais uma sessão de WarDance.
Texto: Henrique Duarte
Fotos: Agradecimento especial à Loudness Magazine e Jorge Pereira Photography in Motion pela cedência das belas imagens (podem encontrar toda a reportagem fotográfica do concerto aqui )
Vídeos: página de António Freitas