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13/12/2013
10/12/2013
[Report] Agnostic Front + Grankapo + Backflip @ República da Música
Começaram os jingles de Natal, e as iluminações parecem estar de volta a Lisboa, no entanto a primeira prenda foi aberta no passado dia 2 de Dezembro, pelo menos para os alfacinhas dedicados ao mundo do punk hardcore. Do Porto vinham noticias de uma grande noite passada no Hard Club, o que fez salivar a multidão que ansiava estar frente a frente com os Agnostic Front.
Coube aos Backflip a honra de abrir uma noite à muito aguardada pelos presentes na sala. Como prometido pela organização o horário fora cumprido, e pela casa já bem composta podia-se afirmar que o chamamento fora correspondido: o público não ficou para trás no apoio ao que é nosso. Inês Oliveira assumiu o papel de líder, deitou por baixo clichés e assumiu uma presença em palco de relevo. É claro e evidente que o curriculum está a demonstrar frutos, e abrir para bandas como No Turning Back e Dog Eat Dog não são de todo eventos pontuais, são provas de um trabalho que faz desta uma banda a ter em conta de futuro.
«Corações ao Alto» resume bem um concerto que deu uma promoção bastante positiva para a banda, onde «Acrossed Cross Fire», sem João Cabeças dos Lisboetas Shape, também fez vibrar o público que parecia aumentar a pouco e pouco.
Para a memória fica a presença de Fuck em palco, o carismático vocalista dos Grankapo, que se juntou aos Backflip em «Jollyride», tema que têm vindo a fazer furor na promoção do álbum homónimo.
Grankapo, são uma instituição do Hardcore nacional, e é algo incontornável em qualquer report que se faça sobre um concerto da banda. A experiência fala mais alto. São eficazes no alinhamento apresentado, o que delicia sempre os fãs da banda. «My Son» e «We Will Never Die» serão sempre temas fortes, mas temas como «Fuck You» representam o nível devastador que conseguem alcançar nos seus concertos. Não é um mero acaso que têm a honra que fazer parte desta mini-tour europeia com os headliners da noite.
Os Agnostic Front são um nome incontornável na história do punk-hardcore e um dos pilares basilares da cena nova-iorquina. São lendas imprescindíveis na formação individual deste público, que re-afirmo, ser bastante próprio.
A seu favor têm a capacidade de criar temas propícios a sing-alongs constantes, que somando a pormenores retirados do punk rock, conseguem injectar níveis de adrenalina contagiantes. No entanto, a sua aposta criativa a certo ponto demonstra uma espécie de crossover embebido em riffs que fizeram do thrash uma espécie de culto nos finais da década de 80. Alia-se a velocidade ao peso.
Apesar de serem presença regular em grandes festivais dedicados a sonoridades alternativas, onde o peso esmaga a moda (nós por cá não temos muito disso...), é visível que o seu habitat natural é mesmo este tipo de sala (República da Musíca) onde claramente jogam em casa, independentemente da cidade ou do país. O próprio imaginário do conjunto em palco remete-os para espaços como o eterno CBGB, Meca para todos aqueles que respiram e transpiram Punk / Hardcore.
Ainda o soundcheck decorria e já se sentia no ar aquela energia que antecede os grandes concertos. Os olhares, mais ou menos subtis, inevitavelmente tinham o seu foco no mítico guitarrista Vinnie Stigma que também se prende, por razões óbvias a outro colosso do hardcore de NY, os Madball.
A introdução épica deu lugar a uma entrada pujante munida de «The Eliminator», onde o vocalista Roger Miret consegue, num ápice, acabar com a calmaria dando lugar à tormenta.
Escusado será dizer que do primeiro ao ultimo minuto o mosh e o stage-diving foram uma constante, aumentando de ritmo a cada pedido de circle-pit proposto pela banda. Mais uma vez estes serviram de barómetro para os níveis de entusiasmo e satisfação da multidão presente. Garanto que estavam bem altos.
«Dead to Me» e «My Life My Way», dos dois últimos álbuns foram debitadas a bom timing, numa setlist que prometia clássicos. A nova era tecnológica permite que o conhecimento de temas, menos óbvios porventura, não baixe o nível do tal barómetro. Até podem não ser clássicos incontestáveis, nem nunca o vir a ser, mas foram aplaudidos de igual forma sem soar a saudosismos forçados.
Previsivelmente seria um dos picos da noite, mas não deixa de ser arrepiante o coro montado em «For My Family», que apesar de também ser retirado de Warriors, é já incontornável.
Seguiram-se temas mais antigos como «Friend or Foe» assim como «Victim in Pain» tiradas do baú de memórias reavivando a memória para as verdadeiras raízes dos Agnostic Front que desde os anos 80 são o que são.
«Crucified» retomou a união do público mais old-school com a nova geração em mais um sing along memorável. Sem dúvida outro dos picos, de uma noite já memorável até este ponto.
Seguiu-se o momento, arrisco, que mais expectativa criava : " to the East coast... to the West coast..."
De palco invadido e com a segurança, dentro e fora de palco, posta em causa em prol da loucura generalizada, «Gotta Go» prova ser um hino multi-geracional! O caos é recebido de sorriso nos lábios em todos os presentes que aguardavam este momento de forma a descarregar a lírica orelhuda.
Os termómetros presentes pela cidade contrastavam com o micro-clima criado naquela sala. Ali suava-se num verão tropical onde os niveis de humidade era proporcionais ao belíssimo concerto em palco.
É claro que deveria fazer referencia às guitarras desafinadas e em pequenos pormenores técnicos que muitos treinadores de bancada gostam de fazer referencia em textos deste género, mas no fundo no fundo, e perdoem-me o estrangeirismo: who cares?! Quando o entusiasmo supera isso tudo o ouvido molda-se!
«A Mi Manera» respondeu ao pedido, algo estranho, para a banda falar em espanhol. Ainda não percebi bem objectivo, e a banda pareceu-me estar no mesmo barco. De qualquer forma, um tema que busca mais de um metalcore que vamos estando habituados no circuito nacional e que parece continuar a cair bem ao vivo.
Mike Gallo, com t-shirt dos Grankapo, parece irradiar simpatia e de forma bem disposta anuncia o «termino» do concerto com «Addicted», deixando bem claro que o encore estava para vir e que pelos sorrisos em palco, os portugueses receberam-nos da melhor forma possível e a gratidão era mais do que visível.
O pequeno intervalo deu tempo para repor energias. Havia um clássico para relembrar. Segundo os próprios Agnostic Front, um tema da maior banda de Punk de sempre. «Blitzkrieg Bop» acaba da melhor forma uma noite onde o "Hey Ho! Let's Go!" soube a cereja no topo do bolo. Nem no último concerto do Marky Ramone, num daqueles festivais onde há mais t-shirts de Ramones no palco principal do que frente ao palco de um verdadeiro Ramone, se sentiu a satisfação de tamanho pedaço de história resumido num refrão.
Mais uma vez a Hell Xis conseguiu proporcionar um bom espectáculo assim como promover a música feita no nosso país abrindo fronteiras, por vezes complicadas à internacionalização destas bandas. Grankapo seguiram viagem com os Agnostic Front e isso orgulha-nos bastante.
Uma noite que certamente ficará na memória, mesmo na recta final do ano, como um dos melhores concertos de 2013.
Texto, fotos e vídeos: Tiago Queirós
(para mais fotos na página do FB, clique aqui)
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Vídeos (lista com 11, dos canais YouTube SFTD e OnMyWay2Route666):
03/12/2013
[Report] Avenged Sevenfold @ Campo Pequeno 27/11/2013
O final de tarde deste dia 27 de Novembro foi diferente para as gentes que se dirigiram ao Campo Pequeno.
Esperava-os uma noite cheia de rock com os suecos Avatar, os americanos Five Finger Death Punch e os também americanos Avenged Sevenfold, estes últimos pela terceira vez em Portugal e segunda no Campo Pequeno.
Avatar |
Five Finger Death Punch |
Ainda os Avenged Sevenfold não se tinham mostrado, já se ouviam ovações a cada acorde do Line-Check por detrás das grandes cortinas que dividiam o palco da plateia cheia de gerações contrastantes.
Mas foi só às 21h45m que o espectáculo começou e, ao abrir das cortinas, se revelou o gigante Deathbat (símbolo da banda) e uma magnífica pirotecnia ao ritmo da música escolhida: "Shepherd Of Fire", extraído do sexto álbum da banda "Hail to the King". O fogo em cima do palco era complementado pelas luzes dos telefones na plateia em êxtase.
Seguiu-se "Critical Acclaim" com bolas de fogo e serem expelidas de todas as extremidades das asas de morcego, terminando com um feliz "What a fuck is goin' on???" gritado por M. Shadows. É neste momento que recorda o último concerto dos Avenged Sevenfold em Portugal, referindo que desta vez a plateia estava bem mais cheia e que o público português estava a ser o melhor da Tour.
Entretanto, como introdução ao próximo tema, pergunta aos fãs quem esteve nos concertos passados e quem era a primeira vez que os via ao vivo... a esses gritou-lhes um "Welcome To The [Funckin'] Family"!!!!
De seguida ouviu-se "Hail To The King", "Doing Time" e "Buried Alive" em que as cortinas de fogo em palco, gritos e uns mosh/circle pit's meio envergonhados das primeiras músicas contrastaram com a névoa pelo chão, os isqueiros e luzes de telefones da última música.
Tudo culminou num bem alto "Sevenfold" que os fãs nunca se cansaram de gritar durante todo o tempo do concerto.
Foi este o momento escolhido por M. Shadows para falar do malogrado baterista da banda Jimmy "The Rev" Sullivan, do quanto ele contribuiu para a banda e fez-lhe a devida homenagem, com o último tema com o seu contributo: "Fiction". O público comoveu-se e ouviu-se a maior salva de palmas da noite!
Antes do Solo de Guitarra, ouviu-se ainda "Nightmare" e "Afterlife", com especial destaque para a primeira, que mereceu uma resposta do público eufórica. Depois do improviso dos músicos foi a vez de "Requiem", com alguns dos seus versos em latim e "Bat Country", um dos hinos da banda por ser dos seus temas mais populares.
A banda sai de palco e a plateia rapidamente começa a chamá-los de volta, com as suas palavras de ordem!
Avenged Sevenfold |
Os Avenged Sevenfold mais uma vez demonstraram que o palco é deles, com riffs de guitarras gritantes e refrões orelhudos, conseguindo manter o público em alvoroço durante todo o espectáculo.
Antes do fogo de artifício prometeram o seu regresso no Verão do próximo ano... E nós aguardamos!!!
Texto: Sabrine Lázaro
Fotos : Marta Louro
23/11/2013
[Report] Satyricon + Chthonic @ Paradise Garage, 19-11-2013 (com vídeos)
Às 20h a fila já percorria quase toda a rua do Paradise Garage: sem ficarem desmotivados pelo frio que assombrava aquela noite de Terça-feira, os fãs de Satyricon aguardavam calorosamente a abertura das portas.
sobe ao palco a banda Taiwanesa Chthonic, com a música Oceanquake. Após a sua última e grande passagem no festival Vagos Open air 2012, Freddy Lim agradece ao público português pelo seu apoio e relembra a relação que existiu no século XVI entre os dois povos, e de como foram os portugueses que deram o nome de formosa à Ilha de Taiwan. Southern Cross e Defenders of Bú-tik Palace, foram temas também tocados e que puxaram pelo ruído do público.
As suas maquilhagens enigmáticas e características de cada elemento cativavam o nosso olhar, mas a energia criada em palco sobressaia acima de qualquer outra coisa. Após o concerto no Vagos Open Air, os Chthonic não desiludiram os fãs bem presentes no público, deixando ainda prometido que no final estariam disponíveis para autógrafos e fotografias na banca de Merch!
Foi um concerto excepcional, onde as influências da cultura musical Taiwanesa estavam bem visíveis, com a presença de um instrumento tradicional, erhu.
O soundcheck começa, o pano é tirado da grande bateria de Frost e podíamos assim assumir que estava para começar. As luzes apagam-se e começa Voice of Shadows, a música que dá entrada ao novo albúm de Satyricon. A emoção de uma espera de 10 anos tinha acabado, e isso era evidente no rosto do público, apenas interessava aquele momento, cantar as músicas e ouvir a incrível sonoridade da banda.
Retomando a um passado recente, Now, Diabolical fez com que o público quisesse ser ouvido para além do Paradise assim como Die By My Hand.
A bruta bateria de Frost hipnotizava as nossas cabeças e a arrepiante voz de Satyr arranhava os nossos ouvidos, a noite estava feita.
Embora com novo álbum, a banda de black metal norueguesa focou a sua setlist em álbuns como Now, Diabolical, com To The Mountains e The Pentagram Burns.
Após 12 músicas o palco fica vazio, mas não nos podiam deixar assim após uma espera tão grande, voltam e acabam por proporcionar dos melhores momentos daquela noite com a música Mother North, as vozes juntaram-se todas como uma a cantar o início da música. O desespero de não querer que aquela noite acabasse notou-se quando o palco volta a ficar vazio, e o Paradise não ouve nada a não ser "Satyricon!"e mais uma vez, regressam para um segundo encore com Fuel for Hatred e K.I.N.G. que não podiam deixar de tocar.
Agora foi de vez, o palco fica vazio e não existem regressos. Para quem esteve a espera desde 2003, de certeza que não ficou desiludido, e quem não foi é razão para se arrepender. Uma noite inesquecível graças, sem a menor dúvida a Satyricon.
SETLIST:
1. Voice of Shadows
2. Hvite Krists Dod
3. Now, Diabolical
4. Black Crow on a Tombstone
5. Our World, It Rumbles Tonight
6. Nekrohaven
7. Repined Bastard Nation
8. Die By My Hand
9. The Infinity of Time and Space
10. Forhekset
11. To The Mountains
12. The Pentagram Burns
ENCORE:
13. Mother North
ENCORE 2:
14. Fuel for Hatred
15. K.I.N.G.
As suas maquilhagens enigmáticas e características de cada elemento cativavam o nosso olhar, mas a energia criada em palco sobressaia acima de qualquer outra coisa. Após o concerto no Vagos Open Air, os Chthonic não desiludiram os fãs bem presentes no público, deixando ainda prometido que no final estariam disponíveis para autógrafos e fotografias na banca de Merch!
Foi um concerto excepcional, onde as influências da cultura musical Taiwanesa estavam bem visíveis, com a presença de um instrumento tradicional, erhu.
O soundcheck começa, o pano é tirado da grande bateria de Frost e podíamos assim assumir que estava para começar. As luzes apagam-se e começa Voice of Shadows, a música que dá entrada ao novo albúm de Satyricon. A emoção de uma espera de 10 anos tinha acabado, e isso era evidente no rosto do público, apenas interessava aquele momento, cantar as músicas e ouvir a incrível sonoridade da banda.
Retomando a um passado recente, Now, Diabolical fez com que o público quisesse ser ouvido para além do Paradise assim como Die By My Hand.
A bruta bateria de Frost hipnotizava as nossas cabeças e a arrepiante voz de Satyr arranhava os nossos ouvidos, a noite estava feita.
Embora com novo álbum, a banda de black metal norueguesa focou a sua setlist em álbuns como Now, Diabolical, com To The Mountains e The Pentagram Burns.
Após 12 músicas o palco fica vazio, mas não nos podiam deixar assim após uma espera tão grande, voltam e acabam por proporcionar dos melhores momentos daquela noite com a música Mother North, as vozes juntaram-se todas como uma a cantar o início da música. O desespero de não querer que aquela noite acabasse notou-se quando o palco volta a ficar vazio, e o Paradise não ouve nada a não ser "Satyricon!"e mais uma vez, regressam para um segundo encore com Fuel for Hatred e K.I.N.G. que não podiam deixar de tocar.
Agora foi de vez, o palco fica vazio e não existem regressos. Para quem esteve a espera desde 2003, de certeza que não ficou desiludido, e quem não foi é razão para se arrepender. Uma noite inesquecível graças, sem a menor dúvida a Satyricon.
SETLIST:
1. Voice of Shadows
2. Hvite Krists Dod
3. Now, Diabolical
4. Black Crow on a Tombstone
5. Our World, It Rumbles Tonight
6. Nekrohaven
7. Repined Bastard Nation
8. Die By My Hand
9. The Infinity of Time and Space
10. Forhekset
11. To The Mountains
12. The Pentagram Burns
ENCORE:
13. Mother North
ENCORE 2:
14. Fuel for Hatred
15. K.I.N.G.
VIDEOS:
Texto: Mariana Pisa
Fotos: Nuno Santos
Alter Bridge e Halestorm @ Coliseu dos Recreios 16nov2013
16 de novembro, o frio apertava e os passos de quem andava pela baixa de Lisboa davam para o Coliseu dos Recreios. A fila não se fez demorada e a organização e determinação de quem recebia fazia ser célere a entrada.
Às 21h o o espaço ainda mostrava muitos lugares vazios, mas quando se começaram a ouvir os assobios e o barulho de quem esperava a assinalar que estava na hora esses mesmo lugares deixaram de existir.
Halestorm entrou com tudo o que tinha. "Love Bites (So do I)" foi o tema de arranque e o cartão de visita, que aquela banda encabeçada por uma mulher de fina figura não teria qualquer sinal de fraqueza dali em diante e a voz dela estaria ali para fazer prova.
Lzzy Hale tem uma voz arranhada e rouca, leva-a ao extremo com um resultado de fazer corar qualquer um. Determinada, forte e segura da sua postura em palco mostrou ter garra e muito rock para além da sua imagem. De guitarra em riste entrou em palco com tudo e com todos que lhe seguiram. A banda apareceu e deu o que tinha que dar, o que queria dar e o que o público recebeu. O público agradou-se e contribuiu, estava feito o pacto de amizade entre banda e a audiência. Um estreia nada envergonhada e nada fraca. Continuaram sempre a altas temperaturas e em alta sintonia.
Talvez por ser o último dia de digressão a banda estava alegre em palco e até bastante acessível ao público, e este, típico do nosso povo, adorou e entrou na brincadeira e na sintonia. O irmão de Lzzy, Arejay Hale, a comandar a bateria, estava ao rubro. As brincadeiras eram uma constante e logo não tardou em entrar em contacto directo com o público. Num jogo simples foi atirando a baqueta para o público e este atirava de volta na esperança que a coisa resultasse, e quando resultou... O coliseu aplaudiu e vibrou ao ponto de a música ser abafada. Mas não fez qualquer mal, o pacto estava selado e "aquela banda" que veio abrir para Alter Bridge conquistou um lugar no coração de quem foi assistir ao espectáculo.
A energia permaneceu e a boa onda entre palco e plateia também e nem o tema romântico da noite fez quebrar as atenções ficando o coliseu cheio de pontos de luz iluminados por isqueiros e telemóveis dando um ambiente que Lzzy agradeceu e elogiou: -"You are wonderfull guys!".
Agradeceram a oportunidade há muito esperada para tocar no nosso país e elogiaram Alter Bridge por terem lhes dado essa oportunidade. Saíram com a promessa de voltar se o público assim o quiser, mas disso não restaram dúvidas. "I Miss the Misery" foi o tema que assinou esse contrato.
Pouco tempo depois já se notava movimento em palco, afinavam-se instrumentos e alinhava-se o som. As luzes apagaram-se e o Coliseu encontrava-se cheio. Se haviam dúvidas que os Alter Bridge era uma banda há muito esperada... desenganem-se.
Mal apareceram em palco a recepção foi ensurdecedora. Myles Kennedy acena e agradece, a banda prepara-se para mais um concerto. A postos no microfone abre a boca e dá as primeiras silabas e instantaneamente cala-se e dá um passo atrás, ouvia-se a continuação do primeiro tema e o Coliseu mostrou a Myles e ao resto da banda que não iriam estar sozinhos naquela noite, em tema algum. O espanto ficou plantado na cara de Myles ao ponto de não ser possível disfarçar e assim continuou a cantar com o publico a acompanhar e a mostrar que finalmente vieram e que os esperavam ansiosamente há muito. Não houve um tema em que a banda estivesse sozinha e em que o público não interagisse. Obediente e sempre em resposta com o que se passava em palco aproveitou, participou e agradou-se pelo concerto dado que se revelou perfeito e ao mais alto nível. Nem mesmo "Fortress", tocada ao vivo pela primeira vez em digressão, deixou de ser acompanhada pelo público. A cada elogio ou conversa de Myles Kennedy a audiência respondeu em ovação gritando "Alter Bridge", "Tremonti" e "Portugal". Algo que a banda soube respeitar e acarinhar com sabedoria e educação.
O alinhamento escolhido pela banda foi muito sóbrio e com uma formula de sucesso. Composta maioritariamente com temas de álbuns anteriores jogaram pelo seguro, mas "Cry of Achiles" mostrou que poderiam estar sem medos e que tocassem o que tocassem aquele público não os largariam nem um segundo, nem num só tema.
"Blackbird" foi o momento altíssimo da noite, tanto pela prestação de Tremonti, que nunca desilude, como também pela receptividade do público que deixou a banda a trocar entre eles olhares de satisfação. Mas seguido pelo tema "Watch Over You" com Myles na guitarra acústica, como tem sido hábito nos concertos, foi o delírio e eis que Lzzy aparece, nada compremetedora no seu vestido preto, para um "dueto" a três em que o público se emociona e emociona a dupla em palco. O fecho do tema foi assinalado com muito barulho e ovação do público e a vocalista mais uma vez acarinhada pelo "padrinho Myles" e pela audiência.
"Open Your Eyes" foi o último tema do alinhamento e a banda saiu do palco (mas sabia que voltaria) com as luzes a apagarem-se nas suas costas. O público reagiu como esperado, mas talvez a reacção tivesse sido demais para Alter Bridge porque os gritos, assobios e o bater de pés no soalho centenário do coliseu fez com que aquela casa de espectáculos ameaçasse ir abaixo com aquele chamamento. A noite não acabaria ali, não assim, não daquela forma. E o Coliseu também não. "Addicted to Pain", "Calm the Fire" e "Rise Today" foram os temas do encore que trouxe elogios, agradecimentos, desculpas, por não terem vindo actuar ao nosso país mais cedo e por não terem a noção do quanto eram acarinhados em Portugal, e com a certeza de cá voltarem sempre que os portugueses assim o desejarem.
Numa despedida demorada encontraram a saída do palco e o público saiu satisfeito e os mesmos adjectivos ouviam-se no meio do barulho da multidão que se organizava para a rua: "perfeito", "lindo", "brutal".
Setlist Halestorm
- Love Bites (So Do I)
- Mz. Hyde
- Rock Show
- Freak Like Me
- Break In
- Familiar Taste of Poison
- Drum Solo
- Dissident Aggressor (Judas Priest cover)
- I Get Off
- Here's to Us
- I Miss the Misery
Setlist Alter Bridge
- Slip to the Void
- White Knuckles
- Come to Life
- Before Tomorrow Comes
- Cry of Achilles
- Ghost of Days Gone By
- Ties That Bind
- Waters Rising
- Broken Wings
- Metalingus
- Blackbird
- Watch Over You (with Elizabeth "Lzzy" Hale) (Myles Acoustic)
- Fortress (Live premiere)
- Isolation
- Open Your Eyes
- Addicted to Pain
- Calm the Fire
- Rise Today
Texto e Videos: Liliana Dias
19/11/2013
[Entrevista] R.A.M.P - Showcases acústicos nas Fnac´s (com vídeos)
15/11/2013
HATEBREED , NAPALM DEATH e THE EXPLOITED em Portugal com a TOUR OF CHAOS!
TOUR OF CHAOS apresenta HATEBREED , NAPALM DEATH e
THE EXPLOITED em Espanha e Portugal
A Tour do RESURRECTION FEST 2014 vai chegar no
próximo mês de Fevereiro a Madrid, Malaga, Lisboa, Oviedo, Bilbao e Barcelona
O RESURRECTION FEST 2014 começou a preparar #TourOfChaosRF2014, a tour
que irá apresentar HATEBREED, NAPALM DEATH e THE EXPLOITED no próximo mês de
Fevereiro em seis cidade de Espanha e Portugal. São três referências de estilos
diferentes, juntos pela música extrema, que irão apresentar e representar o
espírito do festival RESURRECTION em Madrid (Fevereiro dia 11 na Sala
Penelope), Malaga (Fevereiro dia 12 na Room Trench), Lisboa (Fevereiro dia 13
na República da Música) Oviedo (Fevereiro dia 14 na Room Style), Bilbao
(Fevereiro dia 15 na Sala Santana) e por fim, em Barcelona (Fevereiro dia 16 na
Sala Razzmatazz).
Os artistas nacionais que irão estar presentes na nona edição do
festival RESURRECTION, #TourOfChaosRF2014, seráo apresentados brevemente. O
festival terá inicio a 31 de Julho e acabará dia 2 de Agosto em Viveiro (Lugo),
e tem como primeira banda confirmada, os lendários NOFX, mas mais nomes virão
nos próximos días!
Por enquanto os fãs podem relembrar os melhores momentos do festival dos
anos anteriores na página de Youtube Official Aftermovie com os concertos de
Trivium, Exodus, Biohazard e The Casualities.
Não se esqueçam de aparecer no próximo dia 13 de Fereveiro na República
da Música para uma prometida massa de destruição!
Texto por: Mariana Pisa
05/11/2013
[Report] Orphaned Land + Khalas + Klone + The Mars Chronicles @ Santiago Alquimista, 01-11-2013
A fila percorre as antigas ruas de Lisboa, conversas fluem, cigarros são fumados, mas tudo com um propósito - ver Orphaned Land.
Após um curto intervalo, começa a segunda banda francesa da noite, Klone. A adrenalina é posta no ar e o público mostra-se cada vez mais receptivo às bandas de abertura. A coordenação da música com os movimentos do vocalista, Yann Ligner fazem fluir as palmas e o Santiago Alquimista é consumido pelo eco do público. "All Seing Eye" e "The Dreamer's Hideaway" compuseram a setlist de Klone que enriqueceu o inicio de uma grande noite.
Após dois grandes concertos, eis que começa a última banda de abertura, Khalas. A banda árabe de Mahmoud Shalabi, Abed Hathout, Fadel Qandil e Rooster que logo após a sua entrada em palco, conseguiu transformar o Santiago Alquimista num puro festival árabe, onde os corpos sentiam necessidade de acompanhar a batida. O projector que ocupava a parte de trás do palco, mostrava imagens de danças árabes, e os olhos do público eram facilmente enganados, como se fossemos nós os dançarinos. Sem dúvida uma grande maneira de introduzir ao concerto de Orphaned Land, remetendo-nos já para o Médio Oriente. Deixamos de ser portugueses naquela noite.
Como foi prometido pela promotora, as portas do Santiago Alquimista abriram pouco antes das 21h, incentivando a pressa para alcançar a primeira fila. O bar enche-se e a banca de merchandise faz-se notar pelas pessoas que de lá saiam com uma nova t-shirt ou CD.
Cerca de dez minutos após a abertura das portas ouvem-se as primeiras distorções da banda francesa The Mars Chronicles, que prometiam aquecer bem o público para uma noite repleta de metal e música do oriente. O bar e a banca de merchandise esvaziam-se, e as atenções são postas na banda de Devy Diadema que compôs uma sala cheia de energia, com braços no ar e palmas a soarem. Com apenas meia hora de concerto, The Mars Chronicles mostraram ao público português, com músicas como "Abyss" e "Hell is Born", que mereciam o lugar que ocupavam naquela noite.
The Mars Chronicles |
Klone |
Khalas |
Por fim, eis que entra em palco o guitarrista Yossi Sassi, seguindo de Matan Shmuely, Chen Balbus e Uri Zelcha, deixando Korbi Farhi para o fim, com uma recepção carinhosa e rica em aplausos. Retirada do novo álbum - lançado este ano - "Through Fire and Water" foi a música que iniciou o que prometia ser um concerto de excelência, seguindo-se de "All is One", a música que dá nome e inicia o novo álbum. As palmas acompanhavam o ritmo das músicas, os lábios do público suplicavam as letras das músicas e os corpos moviam-se ao som das características do Médio Oriente. Após cinco músicas, Kobi faz uma pequena pausa, e fala sobre a diferença entre as religiões e como isso pode afectar a vida de um ser humano. Relembra e sensibiliza o público que estão em tour com duas bandas francesas, uma palestiniana e que a sua nacionalidade é isrealita, três religiões completamente diferentes, mas que não afectam em nada na sua maneira de agir uns com os outros. Uma pequena mas gigantesca introdução para uma música merecedora "Brother" que permitiu com que na noite de dia 1 de Novembro existisse apenas uma religião, todos iguais. "Olat Ha'tamid" contou com a presença de uma bailarina portuguesa, Kahina Spirit que enriqueceu o palco com a sua bela dança do ventre, mas que facilmente foi substituída por outro dançarino: o público que na música "Sapari" não deixou de dançar, como se fosse um. Sem deixar o público português desiludido, após "In Thy Never Ending Way", os Orphaned Land completam o concerto com um encore de três músicas, sendo uma delas uma surpresa para muitos, mas que a pedido de muitos fãs, não deixaram de tocar a música "The Beloved's Cry", seguida de "Norra el Norra" que como tradição Kobi pediu a todo o Santiago Alquimista saltasse durante a música.
Posso dizer que foi uma noite que podia não acabar, sem deixando de mencionar também, a excelente organização da promotora 13th Night Events de todo o evento, que apresentou todas as bandas às horas prometidas, sem atrasos e com pouca espera nos intervalos.
Só nos resta agora esperar para voltar a ver esta banda que tanto nos remete para outra realidade que não a nossa, com o seu tão conhecido Metal do Médio Oriente, mas a verdade é que com um concerto ESGOTADO, a nossa espera de certeza que não será muita.
Texto: Mariana Pisa
Fotos: Marta Louro (todas as fotos aqui)
Vídeos (abaixo) dos canais Youtube Petergranada e hieigadeil
Texto: Mariana Pisa
Fotos: Marta Louro (todas as fotos aqui)
Vídeos (abaixo) dos canais Youtube Petergranada e hieigadeil
04/11/2013
Muse-Live At Rome Olympic Stadium é lançado a 2 de Dezembro (com vídeos)
É já no dia 2 de Dezembro que chega às lojas o filme/concerto dos MUSE, com edição em CD+DVD e em CD+BluRay.
“'Live At Rome Olympic Stadium' retrata uma banda rock de nível mundial, agora em concerto de estádio, sublinhando ainda espaço para momentos íntimos.” NME
“O concerto rock equivalente a um filme blockbuster” The Times
“Os rapazes The Muse não são deste mundo” The Sun
‘Muse – Live at Rome Olympic Stadium’, é o filme da digressão que passou por Portugal em Junho deste ano, com um concerto no Estádio do Dragão, e será editado a 2 de Dezembro. Filmado em Roma, para uma assistência de cerca de 60 mil pessoas, chega agora em DVD e Blu-ray incluindo ainda um CD ao vivo do mesmo concerto.
As filmagens realizaram-se, pela primeira vez, em 4K (ultra HD), um formato que brevemente será adoptado pelos estúdios em Hollywood.
Os Muse afirmam “Esta é a maior digressão que já fizemos, em termos de dimensão e produção e é, definitivamente, o espectáculo de que mais nos orgulhamos. Estamos ansiosos por partilhar novamente toda esta experiência com os nossos fãs“.
Fiquem aqui com o trailer, e cliquem nos links abaixo (na alinhamento) para ver como foi este espectáculo em Portugal :
DVD / Blu-ray alinhamento
CD
1. Supremacy
2. Panic Station
3. Resistance
4. Hysteria
5. Animals
6. Knightsof Cydonia
7. Explorers
8. Follow Me
9. Madness
10. Guiding Light
11. Supermassive Black Hole
12. Uprising
13. Starlight
DVD / Blu-ray
1. Intro
2. Supremacy (clique aqui para ver o video do Estádio do Dragão, a 10/Jun/2013)
3. Panic Station
4. Plug In Baby
5. Resistance
6. Animals
7. Knights of Cydonia (clique aqui para ver o video do Estádio do Dragão, a 10/Jun/2013)
8. Explorers
9. Hysteria (clique aqui para ver o video do Estádio do Dragão, a 10/Jun/2013)
10. Feeling Good
11. Follow Me
12. Madness
13. Time is Running Out
14. Guiding Light
15. Undisclosed Desires
16. Supermassive Black Hole
17. Survival
18. Isolated System
19. Uprising
20. Starlight
Outros videos do Dragão: 2nd Law Unsustainable | New Born
Este ano , os Muse tocaram para mais de 2.3 milhões de fãs e totalizam à data, mais de 16 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo.
[Entrevista] R.A.M.P. XXV - Ontem, Hoje e Amanhã (com vídeo)
1988 - 2013... Bodas de Prata para aquela que é das mais antigas e mais acarinhadas bandas de metal em Portugal: R.A.M.P.
01/11/2013
[Report] Children of Bodom + Decapitated @ Paradise Garage, 30-10-2013
Lisboa faz as
honras de receber a tour de apresentação do mais recente registo, 'Halo of Blood' lançado a 28 de Maio deste ano, pela Nuclear Blast.
Pouco passava
das 16 horas e, à porta do Paradise Garage, um bom número de fãs esperava
ansiosamente pela abertura das portas, com esperanças de conhecer os músicos, o
que não impediu a Jaska Raatikainen (baterista
de Children of Bodom) de passear discretamente pelas imediações do local.
Com o passar das horas, e como seria de esperar, a fila começava realmente a crescer até ao momento da
abertura das portas. Depois de algumas confusões de organização, lá se orientou
– mais ou menos – a fila e começam as corridas para as grades. O recinto
enche-se rapidamente e é hora do espetáculo.
Os primeiros a entrar foram os finlandeses Medeia, com
o célebre Keijo Niinimaa (Rotten Sound, Nasum) a
assegurar os vocais. Desconhecidos por muitos, se não estou em erro, os Medeia
conseguiram ainda assim uma boa resposta do público em praticamente todo o
concerto e, decerto, ganharam muitos mais fãs com a excelente performance de
ontem.
Setlist
1. We All Fail
2.
Abandon All
3. The Unseen
4. Cold Embrace
5. Devouring
6. Descension
7.
Iconoclastic
8.
Misery Prevails
É então que é hora dos deathmetallers polacos tomarem o palco. Conquistando desde o inicio com 'Pest' e seguindo com '404'. Foi aquilo que considero o primeiro momento alto da noite, visto que os Decapitated não são nenhuns desconhecidos do público português. Mosh pits e crowdsurfings constantes, e com o carismático Rafal sempre a puxar pelo público, os Decapitated mostraram-se mais uma vez como uma banda que não é para brincadeiras, fazendo as delícias dos presentes com temas como 'A View from a Hole', 'Homo Sum' e, para terminar com chave de ouro 'Spheres of Madness'.
Setlist
1.Pest
2.404
3.The Fury
4.A View From a Hole
5.Carnival is Forever
6.Homo Sum
7.Spheres of Madness
2.404
3.The Fury
4.A View From a Hole
5.Carnival is Forever
6.Homo Sum
7.Spheres of Madness
Eis que chega então a vez dos aguardados Children of Bodom. Soam
os primeiros acordes de 'Transference', tema retirado do novo álbum, e o público
adere imediatamente e sem hesitar, formam-se os mosh pits e voltam os
persistentes crowdsurfers, para a tristeza dos seguranças. Alexi Laiho,
vocalista da banda finlandesa, sempre muito falador, a agradecer e a louvar o público
português, anunciava agora 'Silent Night,
Bodom Night', seguinda por 'Living Dead
Beat' com o público lisboeta a cantar
cada palavra e até mesmo cada acorde. Para a felicidade de muitos, a banda optou por
tocar vários temas de alguns dos álbuns mais antigos, como foi o caso de 'Kissing the Shadows', do álbum 'Follow The Reaper'. O que dizer mais? A verdade
é que os Children of Bodom deram um concerto excepcionalmente bom, nas palavras de
muitos "dos melhores que eles deram em terras lusitanas (se não o melhor)", e não
deixaram tempo para a audiência respirar entre muito headbanging e muita gritaria,
especialmente durante 'Are You Dead Yet?', em
que o próprio Alexi pediu para
fazerem o maior e mais rápido mosh pit que alguma vez houve em Portugal: não sei
se tal foi cumprido mas os fãs bem tentaram.
Para se despedirem, ficaram os temas 'Hate Me!', 'Downfall' e 'In Your Face'.
No fim, até mesmo aqueles que se diziam não muito fãs ou que
simplesmente foram meio contrariados saíram com um sorriso na cara. Os Children
of Bodom provaram que conseguem ser mais do que uma banda de guitar hero, e que
merecem todo o sucesso que têm tido ao logo dos anos, o mesmo se aplica às
bandas que os acompanharam nestas últimas datas da tournée europeia.
Setlist
1. Transference
2. Silent Night, Bodom Night
3. Living Dead Beat
4. Halo of Blood
5. Kissing the Shadows
6. Lake Bodom
7. Hate Crew Deathroll
8. Dead Man’s Hand on You
9. Are you Dead Yet?
10. Blooddrunk
11. Towards Dead End
12. Hate Me!
13. Downfall
14. In Your Face
Texto: Marta Louro
Fotos: Catarina Torres, para a Revista ArteSonora, à qual agradecemos a cortesia (foto report completa aqui)
Texto: Marta Louro
Fotos: Catarina Torres, para a Revista ArteSonora, à qual agradecemos a cortesia (foto report completa aqui)
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