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07/02/2012

Moonspell : Alpha Noir / Omega White (act)

Depois de terem divulgado no mês passado pormenores sobre o novo álbum, os Moonspell dão agora a conhecer a artwork para a capa deste trabalho.

Alpha Noir, que sairá a 27 de Abril pela Napalm Records, contará com as criações do artista grego Seth Siro Anton, que já trabalhara com a banda no antecessor Night Eternal.

Alpha Noir, Versus, Lycanthrope, Em Nome do Medo e Grandstand são algumas das músicas que constarão no alinhamento do álbum, conforme nota divulgada pela banda e que podem ler na íntegra abaixo. 
Mais uma excelente notícia é que a edição especial em digipack vai contar, não com uns banais extras, mas sim com um segundo álbum Ómega White, um gémeo musical do Alpha Noir, que conterá sonoridades mais sombrias e atmosféricas, relembrando os tempos do Irreligious e homenageando bandas como Type O Negative ou Sisters Of Mercy, através de músicas como Herodisiac, White Skies ou Heart Omega. Evitando estar a adjectivar estas novas canções (ainda não as ouvimos), esperamos por algo muito bom : as expectativas estão elevadíssimas e a banda sabe disso, apresentando este ambicioso projecto.
Ambos os trabalhos foram produzidos e mixados por Tue Madsen, sendo (de acordo com a banda) um pecado mortal não ouvir estes 80 minutos de música.

Lisboa vai ter oportunidade de ouvir na íntegra estes novos temas no concerto de lançamento do álbum, marcado para o dia 12 de Maio, no Campo Pequeno, que será um dos maiores da carreira da banda e onde certamente marcaremos presença.
 

(Actualizado 14/03/2012) Esta é a música que estrearam hoje na Antena 3, "White Skies" :

05/02/2012

Lusitania Old School@Caixa Económica Operária 4/2/2012





A noite gélida que se abateu sobre Lisboa não impediu que centenas de fãs se reunissem na Caixa Económica Operária para o evento Lusitânia Old School. Para os presentes esta foi uma viagem no tempo com três bandas que têm já décadas de existência e que continuam a ter a garra, a energia e a presença necessárias para transformar uma noite simples numa intensa noite de Metal.

A primeira banda a subir ao palco foi Gárgula. Composta pelo anterior vocalista de Alkateya, João Pinto, continua a ser considerada por muitos como uma continuação dessa, visto que mesmo com uma nova formação, novo nome e novos temas as suas raízes estão bem vincadas e continuam a tocar os clássicos da banda anterior. Abriram o concerto com Fire & Wind e logo a seguir regressaram ao passado com Exodus, tema de Alkateya de 1986. Os riffs e os solos de guitarra com aqueles pequenos toques inconfundíveis do 'Cry Baby', continuam a ser uma característica comum entre esta banda e a antecessora, mas os solos do baixista e a sua energia em palco trouxeram algo de inovador e cativante. João Pinto, de capacete de aviador na cabeça, seguiu para o tema seguinte e a partir daí a sua viagem no tempo, onde o espírito Heavy Metal foi constante, passou pelos clássicos Starriders e terminou com Face To Face (Alkateya).

Set List:

Fire & Wind (Gargula 2009)
Exodus (Alkateya 1986)
V12 (Gargula 2008)
Hell On Water (Gargula 2010)
Devil’s Work (Gargula 2010)
Starriders (Alkateya 1987)
Rock And Roll Out (Alkateya 1986)
Face To face (Alkateya 1990)

Após um intervalo de 15 minutos foi a vez de Tarântula pisar o palco. A banda que fará este ano 31 anos de existência e que continua activa, comprova o porquê quando os vimos e ouvimos em palco. Grande presença, voz e melodias cheias de intensidade e poder. Começaram com Dream Maker do álbum de 2001 com o mesmo nome, seguido de Not the End. Seguiram-se ainda três temas do álbum de 2001 e a simpatia do vocalista Jorge e a energia que emanava do palco fez-se sentir. O público cantava e vibrava ao ritmo da música. Após uma pequena pausa para afinação de guitarra foi a vez de apresentar ao vivo em Lisboa o último álbum da banda, Spiral of Fear. Após os agradecimentos às bandas presentes terminaram com Face The Mirror do álbum de 1998, Light Beyond The Dark.

Set List:
Dream Maker
Not The End
The Nature Of Sin
Changes Coming
You Can Always Touch The Sky
Spiral Of Fear
Open Your Eyes
Dark Age
Afterlife
Face The Mirror

Pouco antes da meia-noite foi a vez de Ibéria, a banda que fará 25 anos de existência este ano, começar um concerto enérgico, cheio de atitude e Hard Rock de qualidade. Todos os membros da banda emanavam uma presença e força que fez o público aproximar-se mais do palco e foi juntos que se deu início ao final da noite. Começaram com Revolution, tema do seu último álbum do ano passado com o mesmo nome. Esse foi o álbum de destaque, do qual tocaram seis temas, sem dúvida a ser escutado por quem ainda não o fez. Músicas de grande qualidade técnica e domínio. Os riffs de guitarra, o pequeno toque do slide na música Angel, o ritmo e o som do baixo complementavam-se na perfeição com a voz do vocalista, Miguel. Após a música She Devil, tiveram de fazer uma curta pausa por problemas técnicos, mas o regresso foi de tal forma rápido que praticamente não se fez sentir. Tocaram Heroes do seu segundo álbum que foi seguido de um solo de bateria eficaz e enérgico terminando com ovação por parte do público. Para finalizar tocaram a balada Lady In Black, seguida de Unfaithful Guitars, dois temas do seu primeiro álbum de 1988. Foi com esta música que o vocalista se despediu, mas os restantes músicos ficaram em palco. Após a instrumental India tocaram ainda mais dois temas no encore, No Pride e Hollywood.

Ibéria tinha ainda uma surpresa reservada para o final e foi a vez de chamarem ao palco as outras duas bandas dessa noite. João Sérgio, o baixista de Ibéria, aproveitou o curto tempo de preparação para as três bandas tocarem juntas, para dizer alguma palavras de agradecimento final e foi num ambiente de festa, de satisfação e com o espírito Rock bem presente que as três bandas tocaram e cantaram juntas Smoke On The Water dos Deep Purple.

Set List:

Intro
Revolution
All Night Flying
Lovely
Sex Gun
Angel
She Devil
(Intro) Warriors
Heroes (Drum solo)
Teacher
Lady In Black
Unfaithful Guitars

Encore:
India
No Pride
Hollywood

Este foi um evento bem organizado cujos horários cumpridos, intervalos curtos e a qualidade a nível do som foram dignas de destaque, assim como o espírito de empatia por parte dos músicos e a ligação que criaram com o público. Sem dúvida um evento como deveria existir muitos.

Reportagem por: Miriam Mateus
Fotos por: Nuno Santos






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