Este tema é inspirado pelo culto a Endovélico, o Deus da Lusitânia e representa toda a abrangência e versatilidade sonora da atual configuração da banda, que volta a editar 20 anos depois do seu álbum de estreia Theatrum XXIII.
O tema 'Lucefécit' é o primeiro avanço do novo álbum dos Thragedium.
Álbum auto intitulado a sair este ano pela editora Ethereal Sound Works.
Álbum auto intitulado a sair este ano pela editora Ethereal Sound Works.
No seguimento da tradição que a banda sempre defendeu, foram utilizadas neste tema guitarras portuguesas, cavaquinho, adufe, percursões do Médio Oriente e Kantele.
O vídeo foi gravado na Praia da Adraga em Fevereiro 2020 por Marta Pereira e teve edição de JPF.
Podes visualizá-lo aqui:
Sobre o tema 'Lucefécit'
'A nossa primeira nova música intitulada Lucefécit é inspirada pelo culto a Endovélico, o Deus da Lusitânia, o Deus Muito Bom. Serpenteando em volta do santuário da Rocha da Mina, na freguesia de Terena, no Alandroal, existe um corso de água denominado Lucefécit.
A estranha toponímia levou a várias teorias mas os devotos a Endovélico terão utilizado a sua água de forma a “lavarem-se” da sua vida em preparação à experiência iniciática na qual receberiam o oráculo de Endovélico.
Pernoitando ali, invocariam sonhos proféticos ou a aparição em sonhos do próprio Endovélico,como figura negra em estranhos rituais, onde é sentida a presença de javalis - animal associado a Endovélico.
Deus da cura e da medicina, venerado e amado nessa faceta luminosa é, na sua faceta mais primordial um deus ctónico, subterrâneo, responsável pela segura passagem entre este mundo e o outro.
Esta é a nossa homenagem, invocação e humilde tentativa de capturar a presença oculta de Endovélico e atmosfera de um local sagrado onde a luz e a escuridão se fundem.'
Quem são os THRAGEDIUM?
BIOGRAFIA
Há vinte anos atrás viu a luz da manhã a primeira versão do álbum Theatrum XXIII, então ainda em versão demo. Foi editado oficialmente no ano seguinte pela Half Beast Records em versão digipack com a faixa extra "O Espírito do Tejo". Foi lançado 'Two Moons in Cyclical Motion' e 'Shape the Weather and the Air'.
Grande parte do trabalho materializado em Theatrum XXIII foi inspirado por material composto anos antes e recuperado de ensaios da primeira formulação dos Thragedium, sob o nome My Iced Beloved.
A junção dessas composições com a tradição e a beleza sonora da guitarra portuguesa resultou numa sonoridade única e cuja vontade de recuperar perdurou por 20 anos.
O seguimento de Theatrum XXIII viu o Espírito que foi do Tejo desaguar num período de extenso e árduo trabalho de ensaio, pré produção e também de concertos onde foram sendo criados e apresentados os temas que acabaram por surgir apenas em versão demo sob o nome Twelve Feet Under.
Entre as brumas da memória recordam-se as passagens pelo Teatro Sá da Bandeira com Lacrimosa e Faith and the Muse e pelo Garage com os Garden of Delight.
Os 12 temas de Twelve Feet Under são praticamente artigos de colecionador e somente poderão ser ouvidos atualmente em algumas plataformas digitais. Foram lançados os temas 'And Then We Kill Our Days' e 'One by One They Fade'.
O (não) último capítulo viria a ser escrito em 2003 com a designação Isolationist. O álbum foi disponibizado exclusivamente online no site da banda.
Os 7 temas presentes no álbum documentam novamente as origens lusitanas e a presença de muitos momentos acústicos e da guitarra portuguesa é marcante em todo o trabalho. A banda viria a encerrar o seu caminho conjunto pouco tempo depois deste registo. Foram retirados os temas 'All That Is Hidden Is Revealed At Last' e 'Now That You're Mist'.
O único sinal de vida que existiu pós-Isolationist foi o rearranjo de alguns temas, com elementos orquestrais. Aqui jaz tudo o que se sabe, de todos, de sempre.
Acedendo aos registos akashicos e lançando as caravelas do mesmo porto de onde rumaram há 20 anos atrás, os Thragedium retornam para escrever mais um canto da sua epopeia.
Ao leme os três elementos fundadores da banda (João Paulo Farinha, José Ramos e Nuno Cruz) acompanhados por João Paulo Monteiro na bateria.
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