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25/11/2019

A arte da tatuagem aliada à música em destaque a partir do dia 29 no Altice Arena: Entrevista com o tatuador e músico Poli Correia.



A edição de 2019 do Lisbon Tattoo Rock Fest tem lugar já este fim de semana!
Com mais de 300 tatuadores de todo o mundo confirmados, o  evento regressa ao Altice Arena nos dias 29 e 30 novembro e 1 dezembro de 2019.
Na vertente musical, estão confirmadas as presenças de Fast Eddie Nelson e Go Baby Go no dia 29, sexta-feira, em conjunto com Madball e Carnivore A.D. no dia 30, sábado, na Sala Tejo. A actuação de Ugly Kid Joe nesta mesma sala acontece no dia 1, domingo.
Os The Quartet of Woah são a última confirmação para o Lisbon Tattoo Rock Fest 2019 no que toca a bandas, partilhando o palco com os dois músicos dos Pink Pussycats From Hell.

Os concertos serão variados em sonoridade e abrem as hostilidades os Go Baby Go, passando por Carnivore A.D., os Madball e os cabeça de cartaz os Uglt Kid Joe, um evento cheio de actividades, homenagens e shows a não perder!
Horários dos concertos
SEXTA FEIRA – 29 NOVEMBRO
- 21h / 21h40 - Go Baby Go – Palco 1
- 21h45 - The Fuel Girls – Palco 2
- 22h15 / 23h30 - Fast Eddie Nelson – Palco 1
- 00h00 - Encerramento

SÁBADO – 30 NOVEMBRO
- 21h00 / 22h - Carnivore AD - palco 1
- 22h / 22h15 - The Fuel Girls – Palco 2
- 22h30 / 23h30 - Madball - palco 1
- 00h00 - Encerramento

DOMINGO – 01 DEZEMBRO
 21h00 – 21h40 – The Quartet Of Woah - palco 1
- 22h15 – 23h50 – Ugly Kid Joe - palco 1
- 00h00 - Encerramento

Informação completa sobre o programa do evento no link. 

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A organização realizou uma entrevista com o tatuador/músico Poli Correia que pertence aos Devil in Me e aos Sam Alone e artista na Iron Skull Tattoos, onde este explica que a sua primeira paixão é a arte da tatuagem e a qual passamos a transcrever.
Poli Correia diz: -"Sou um tatuador que gosta de fazer música e não o oposto. A música aliada à tattoo é uma mais valia"
1-Como vês esta relação promovida pelo festival entre a tatuagem e o mundo da música? Acreditas que o público sai inteiramente beneficiado?

Poli: Do meu ponto de vista, e de um modo geral, acredito que sim. A partir de certa era, a cultura da tattoo começou a estar bem presente no meio musical e sim, o rock foi sem dúvida dos pioneiros a abraçar e ter orgulho em carregar pigmento na pele. Acredito que toda a gente ganha no final do dia, música aliada à tattoo é uma mais valia. Toda a gente ouve e mete determinada música nos seus estúdios para tatuar, independentemente do género musical.

2-Como consideras o desenvolvimento do universo profissional da tatuagem em Portugal? É importante uma convenção como esta para estabelecer novas relações profissionais e pessoais?

Poli: O universo "profissional" da tattoo portuguesa parece estar a caminhar numa boa direção. Eu gosto de convenções, por isso sou suspeito… considero que é bom para estarmos com tatuadores/amigos, partilhar conhecimento e até mesmo para passarmos todos um bom fim de semana rodeados de tattoo e arte relacionada com a mesma. 

3-Achas que as pessoas estão mais educadas atualmente para o que é, de facto, adotar a tatuagem como um modo de ser e de estar na vida?

Poli: Para começar acho que existe uma contra-informação enorme, mas a verdade é que cada vez existe mais gente tatuada. Não sei se as pessoas têm uma melhor noção da tattoo e da forma como a abordam e a carregam no seu dia-a-dia, mas parece-me que o que surgiu foi uma vertente mais apelativa a nível de grafismos para as massas “pop” que, outrora, pouco ou quase nada consideravam a tatuagem nas suas vidas.

4-A tatuagem sempre esteve conectada mais com a cultura musical underground e de géneros mais “pesados” sonoramente. Achas que ainda hoje é assim ou esse estigma tem vindo a desaparecer?

Poli: Desaparecer. Não tem só que ver com a questão "pop" que muitas culturas e movimentos artísticos por vezes acabaram por sofrer - se bem que a tattoo não tem um género musical especifico, a meu ver. De qualquer forma, tenho pena de ver a MTV e figuras de reality shows a usufruirem e a deturparem o conceito da tatuagem. Mas na verdade a tattoo está bem… apenas se abriu uma janela para as massas e, talvez, seja isso que nos faça parecer que tal esteja a acontecer.

5-Até que ponto ser músico e tatuador ao mesmo tempo potencia ambas as carreiras?

Poli: Sou um tatuador que gosta de fazer música e não o oposto. Eu nunca fui muito bom a vender esse "peixe". Tomei a decisão de tentar ao máximo não misturar as duas, ou seja, nunca usei uma para vender a outra, até porque a tattoo para mim está acima de quase tudo na minha vida. A música foi sempre um hobbie que ganhou alguma relevância na minha vida, mas já tive situações em que tatuei devido ao facto de gostarem da banda em que toco… não vou mentir! Pode sim potenciar a carreira, mas eu nunca o fiz dessa forma.'

Quem adquiriu antecipadamente bilhete para o Lisbon Tattoo Rock Fest e pretende assistir também ao concerto de Ugly Kid Joe, pode solicitar no local onde comprou o bilhete a troca/upgrade do mesmo por um dos packs disponíveis desde dia 31 de outubro. 

Em comunicado a organização informa que, será feita a devolução do valor correspondente ao bilhete adquirido (acesso ao concerto –sala Altice Arena e ao Lisbon Tattoo Rock Fest – Sala Tejo) para o mesmo meio de pagamento utilizado aquando a compra, a quem efectuou a aquisição online. Quem efectuou a compra nas lojas físicas o pedido de reembolso deverá ser feito na respectiva loja até dia 1 de Janeiro de 2020.

Para assistir ao concerto, é necessário adquirir um bilhete de acesso ao Lisbon Tattoo Rock Fest para dia 1 de Dezembro, por apenas 10€. No caso de já ter o Passe de 3 dias não necessita de mais nenhum bilhete.
Passe 3 dias - Lisbon Tattoo Rock Fest 2019 + Todos os concertos incluídos.
Bilhete diário 10€
Passe de 3 dias 25€