A iniciar pontualmente às 15h tivemos, como já vai sendo habitual, uma banda pinhalnovense, os Honey Bones.
Apesar de ser notório ainda alguma inibição de palco fomos surpreendidos não só pela maturidade de som destes "moços" com o seu math/rock/Instrumental, mas também pela sua execução. Lamentavelmente o recinto ainda se encontrava vazio e poucos foram os que usufruíram desta agradável surpresa. Sem dúvida uma banda a quem deveremos ficar atentos.
Num clima já mais relaxado seguiram-se os Rivertied oriundos de Setúbal.
Com o seu primeiro EP, "Days Lost in Nowhere // Nights Dreamt in Paradise", lançado há 4 meses, a banda mostrou garra e vontade de provar o seu valor com o seu pop/punk.
Foi uma actuação cheia de energia a culminar com uma cover de Rage Against The Machine, “Killing In The Name Of” que apesar de não ser a melhor opção para a voz de Pedro Ferro, valeu pela ousadia e entrega.Continuem!
Suspeitos Do Costume vieram de seguida a trazer o punk/rock de Odemira e prontos a apresentar o seu recentíssimo "Salve-se Quem Puder" lançado no passado dia 27.
Por esta altura a sala já se encontrava mais composta para receber esta fantástica banda que com a sua entrega e energia animou o espaço. Rui Matos "Manilha" foi apresentando os vários temas do novo álbum espelhando a alegria da banda de se encontrar neste evento.
Todos os temas foram tocados havendo ainda espaço para dois temas anteriores. O culminar deste concerto foi sem dúvida a cover de Carlos do Carmo “Lisboa Menina e Moça” seguida de "Veneno" e terminando com "Remar contra a Maré". A banda está coesa e robusta e este concerto foi a prova disso.
De Lisboa com o seu sludge/sdom /psychedelic subiram ao palco My Master The Sun.
A banda encontra-se a finalizar o seu terceiro trabalho, "1000 Ogivas de Fel Cairão Sobre Ti" cujo lançamento se encontra previsto para dia 16 do próximo mês. Deste novo álbum tivemos a oportunidade de ouvir "Fraco", tema do single,"1000 Ogivas" e "Quartel Motel", deixando-nos assim com um "gostinho de quero mais".
Com uma sonoridade intensa e poderosa, a banda tem a capacidade de hipnotizar o público e terminar cada actuação ganhando novos fans. Neste festival não foi excepção. A banda revelou mais uma vez a sua virtude e competência. Aguardamos ansiosos por Novembro!
New Mecanica veio acordar os mais distraídos.
Esta banda barreirense de metal subiu ao palco determinada a mostrar o seu valor. E que bem que soou! Encontrando-se a promover o seu ultimo álbum "Vehement" lançado quase há um ano, o concerto foi dividido entre este e outros temas anteriores tão bem conhecidos pelo público tais como "Written", ou "Lonely".
Foi a conquista total de um publico que encheu a sala de conteúdo e movimento rendendo-se totalmente a esta actuação. É facto que a experiência da banda é grande, mas este concerto provou sem sombra de dúvida o seu profissionalismo e grandeza.
Ainda houve oportunidade para algo diferente com os Karma Drums a subir ao palco para acompanhar a banda no tema "Two Worlds"mostrando assim a sua versatilidade. Um dos melhores momentos da noite!
Foi a conquista total de um publico que encheu a sala de conteúdo e movimento rendendo-se totalmente a esta actuação. É facto que a experiência da banda é grande, mas este concerto provou sem sombra de dúvida o seu profissionalismo e grandeza.
Ainda houve oportunidade para algo diferente com os Karma Drums a subir ao palco para acompanhar a banda no tema "Two Worlds"mostrando assim a sua versatilidade. Um dos melhores momentos da noite!
Empty V trouxeram-nos um tipo de som sui generis tipicamente caracterizado por “primeiro estranha-se, depois entranha-se”.
Enveredando por um caminho mais "futurista", a banda, desde o lançamento de "Mus.Pri" no início do ano, que tem-se esforçado a provar que o diferente também pode ser bom e mantido assim fiel à sua essência. O concerto foi definido por uma sonoridade com muita energia misturada com as mais diversas influências instrumentais com o som pesado e electrónico pormenorizada pela teatralidade alienígena numa performance de qualidade.
Para fazer a festa e elevar os ânimos que poderia ser melhor do que Shivers?
Apesar de " Azeite Com Distorção " ainda não ter feito um ano, a banda optou por elaborar uma miscelânea de temas para este evento, numa espécie de "Top". A entrada em palco fez-se com insufláveis e traje "a rigor".
Igor Azougado (vocalista/guitarrista e organizador do festival) foi preparando o público para o que se passaria a seguir com afirmações como: “Isto não é uma discoteca, é um festival underground!” ou " Nós podemos assassinar as músicas porque não estamos numa banda de tributo, as músicas são nossas!" e a partir daqui entramos numa espiral de "loucura colectiva" partilhada por público e banda.
"Epah" e "Jantar à da minha avó" foram temas que aqueceram as hostes e o espaço numa exibição de partilha saudavelmente insana, terminando com Igor a partir a guitarra ao mesmo tempo que dizia "não se esqueçam que esta merda é rock n' roll"! E foi mesmo... lindo!!
Igor Azougado (vocalista/guitarrista e organizador do festival) foi preparando o público para o que se passaria a seguir com afirmações como: “Isto não é uma discoteca, é um festival underground!” ou " Nós podemos assassinar as músicas porque não estamos numa banda de tributo, as músicas são nossas!" e a partir daqui entramos numa espiral de "loucura colectiva" partilhada por público e banda.
"Epah" e "Jantar à da minha avó" foram temas que aqueceram as hostes e o espaço numa exibição de partilha saudavelmente insana, terminando com Igor a partir a guitarra ao mesmo tempo que dizia "não se esqueçam que esta merda é rock n' roll"! E foi mesmo... lindo!!
Garantindo a continuidade da festa seguiram-se os Viralata.
Uma aposta certeira numa banda que já dispensa apresentações! Esta banda tem a capacidade de animar o público onde quer que vá e temas como “Famel”, “Carocho”.
"Vai um copo", "Estamos juntos" e "Ivone" (que ficou de fora neste setlist devido à falta de tempo) são temas que são tocados em uníssono com o publico. E mais uma vez manteve-se o nível de partilha e energia neste festival com o publico manifestando a sua satisfação com muito euforia e mosh.
Uma aposta certeira numa banda que já dispensa apresentações! Esta banda tem a capacidade de animar o público onde quer que vá e temas como “Famel”, “Carocho”.
"Vai um copo", "Estamos juntos" e "Ivone" (que ficou de fora neste setlist devido à falta de tempo) são temas que são tocados em uníssono com o publico. E mais uma vez manteve-se o nível de partilha e energia neste festival com o publico manifestando a sua satisfação com muito euforia e mosh.
Tivemos ainda a participação de Zorb dos Dalai Lume no tema "Lucifer" e a confirmação que para o ano sairia novo trabalho! Venham de lá essas novidades, nós gostamos bastante!
O que mais se poderá dizer de Mata-Ratos que já não tenha sido dito ao longo dos seus 37 anos de existência?
Sim, 37 anos que são o espelho da dedicação, da vontade e da resiliência desta enorme instituição do underground. É sempre com grande alegria que se assiste a um concerto desta banda. Pelo ambiente, pela diferença etária entre o publico alheio a esses pormenores e felizes de estarem a partilhar a música, pela celebração, por estarmos mais uma vez presentes. Este é o sentimento de se ver um concerto de Mata-Ratos e este foi o sentimento que existiu também neste festival. Temas como "Napalm na rua Sésamo", "Outra Rodada", "És um homem ou és um rato", "XU-PA-KI", "Amor Eterno" foram passados a cantar com quem está ao nosso lado, no mosh e em qualquer espaço do recinto. Venham mais 37 anos!
Por ultimo e a encerrar as festividades tivemos os R.A.M.P.
Banda também de longa existência (31 anos já comemorados) com a peculiaridade de não lançarem novos temas há mais de 10 anos...até hoje!
Banda também de longa existência (31 anos já comemorados) com a peculiaridade de não lançarem novos temas há mais de 10 anos...até hoje!
De um setlist de algumas músicas comoventes para o público, tais como "Alone" ou "Hallelujah" e outras mais marcantes como "Follow you" ou "Black Tie" eis que surge um tema novo: "Catatonic", anunciado por Rui Duarte como um dos temas de um próximo álbum que está na forja (e que possivelmente será o último). Ficámos "em pulgas"!
Todos os concertos de R.A.M.P. têm uma conotação emotiva muito forte da qual ninguém escapa ileso. A nova estruturação da banda veio injectar energia e cumplicidade na actuação elevando assim a exibição da banda que se traduziu numa sinergia incrível com o público. Este festival não poderia ter terminado de melhor forma!
E assim tivemos mais um Bardoada e Ajcoi. Contrariedades à parte, com mais ou menos restauração ou w.c. ou até mesmo dias de festival, há coisas mais importantes e essas prevalecem. O talento das bandas, a dedicação da organização, a qualidade do som, a amizade, convívio e cumplicidade entre as pessoas que continuam a comparecer e a acreditar neste evento.E são exactamente estes os alicerces deste festival.
Com estes alicerces esta "casa" ainda tem muito para mostrar.
Uma palavra em particular não poderia deixar de ser dada em homenagem ao "Bifes" que actuou pela sua ultima vez neste festival o ano passado. O festival também fez questão de não nos deixar esquecer prestando a sua homenagem com uma foto sua à entrada do evento.
Até para o ano Bardoada!
Texto: Margarida Salgado
Fotos: Bruno Mendes (todas as fotos AQUI )
Videos : Patrícia Amorim / Nuno Santos
Texto: Margarida Salgado
Fotos: Bruno Mendes (todas as fotos AQUI )
Videos : Patrícia Amorim / Nuno Santos