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07/09/2018

[Report] Cartaz de luxo leva ao Casaínhos Fest a maior enchente de sempre (com vídeos)

No sábado passado, dia 1 de Setembro, teve lugar a 7ª edição do Casaínhos Fest no Campo Futebol S.C. Casaínhos, onde estiveram presentes mais de 1000 pessoas.

O evento iniciou numa tarde infernal de Verão onde só os mais entusiastas e destemidos se chegaram à frente no início das primeiras atuações. Valha-nos aquele alpendre fantástico do bar que junta o útil ao agradável!

TAKE BACK!, a banda de hardcore de São João da Madeira foi a primeira a estrear o palco este ano. Vencedores da terceira edição do concurso de bandas que se realizou pela terceira vez no Old Rock and Blues esta banda mostrou a enorme vontade de ali estar com um desempenho cheio de energia e com a presença de Fábio Fabz na guitarra (As They Come).


ContraSenso, a banda da Bobadela que se encontra a fazer a Passo a Passo Tour 2018 veio apresentar o seu punk/rock de qualidade. Um concerto animado marcado pelos temas “Sem Desculpas” e “Passo A Passo” que agradaram os presentes.




INFRAKTOR de Santa Maria da Feira veio de seguida com seu thrash/ death metal causando alguma comoção inicial entre o público apesar do calor que se fazia sentir. Uma fantástica atuação onde houve tempo para o agradecimento à Rastilho Records pelo seu primeiro álbum lançado este ano “Exhaust” e a celebração do aniversário de Hugo Silva no final.



O punk/rock voltou ao palco com a banda lisboeta Artigo 21. E foi uma alegria! 
“Casaínhos é a união de metal e punk” afirmou Cardoso. “Utopia” foi o tema dedicado a Diogo, vocalista dos Steal Your Crown que se encontra num momento delicado a nível de saúde. 
João Alves de Decreto 77 e da Infected Records também subiu ao palco para ajudar a esta festa. Depois de estarem seis meses sem tocar devido a se encontrarem a trabalhar no próximo álbum foi com muita alegria com que atuaram e foram recebidos pelo público.




E retornámos ao hardcore com Backflip. A banda que tinha anunciado recentemente nas redes sociais de que este seria a última atuação antes de fazerem uma paragem por tempo indefinido, presenteou-nos com um concerto que nos deixou com um sabor agridoce. 
Sem dúvida uma sensacional performance cheia de energia à qual a banda já nos habitou misturado com o sentimento de perda. Só podemos expectar que seja temporário. 
Sempre com boa-disposição Inês Oliveira lançou ainda um desafio ao público com oferta de qualquer artigo da banca do merch para o melhor stage dive e este não se fez de rogado. “Obrigada Emanuel por nos teres acompanhado todos estes anos.”
E foi assim entre chuva de purpurinas que se despediram. Obrigada nós!




Viralata trouxe-nos mais uma sessão animada de punk/rock. Esta banda é sem dúvida o sinónimo de alegria. Cada concerto é uma festa com uma cumplicidade gigante com o público onde todos cantam e saltam do princípio ao fim. Este não foi exceção. “E Vai Um Copo”, “F.A.M.E.L.” “Zé Ninguém”, “Ivone” são temas reconhecidíssimos pelo público e que não faltaram a esta celebração onde até Ivan Barros comemorava aniversário. Que farra!




O thrash/crossover subiu ao palco com os Rasgo e o seu "Ecos Da Selva Urbana". Questões com o som atrasaram o início do concerto. Infelizmente já não voltamos à qualidade anterior até quase ao final do evento. (Estes atrasos mantiveram-se nas restantes atuações sacrificando o tempo da última banda, R.A.M.P). Apesar de tudo Rasgo é composta de “veteranos” capazes de dar um bom espectáculo independentemente das circunstâncias devido à sua dedicação incondicional.
“Isto é Casaínhos ou é Cansadinhos?” instigava Paulo Gonçalves. E o público respondeu.
“Cão da Morte” foi o tema de encerramento em homenagem “a uma grande banda do Norte do país” [ndr: Mão Morta].




Hills Have Eyes, a banda sadina de metalcore sofreu os mesmos sintomas de Rasgo tanto no atraso como no som. Não obstante esta é uma banda bastante apreciada pelo público e isso não afetou em nada o seu grau de compromisso e entrega. 
O público respondeu com muito canto e movimento como pudemos constatar em Hold Your Breath” ou “Strangers”. Mais uma prova sólida de que a sinergia entre público e a banda é inabalável.


Em Heavenwood os sintomas persistem para frustração de todos. A mítica banda de dark/gothic metal de Vila Nova de Gaia  trouxe desta vez Miguel Inglês (Equaleft) para fazer as honras vocais. Felizmente que estas bandas não andam por cá há dois dias e sabem muito bem como agarrar o público e mantê-lo ligado do princípio ao fim. E novamente o público se rendeu e fez a festa.
“The Arcadia Order”, “The Empress” ou “Frithiof’s Saga” foram alguns dos temas mais apreciados por todos. Obrigada pela persistência e devoção!



Antes de Bizarra Locomotiva entrar já com um significativo atraso, Igor Azougado ( da Caramelo Prod., a cargo do som e luz) veio explicar as incontornáveis questões de som e atraso. A mesa de mistura tinha queimado obrigando à sua substituição e consequentemente nova elaboração de som, recorrendo ao uso da mesa adjacente ao palco, que foi transportada e montada no lugar da central.


Quando Bizarra Locomotiva entrou em palco tivemos a visão real do quanto estava cheio o recinto. A banda tem uma legião fiel de fãs, a “escumalha” que não vacila em ir vê-los ao vivo seja onde for. E não é para menos. A banda tem uma qualidade excepcional no que respeita a concertos. 
Temas como “Mortuário”, “Ego Descentralizado”, “Anjo Exilado” e “Escaravelho” levaram o público ao rubro terminando com a já habitual invasão de palco.


R.A.M.P. chegava por fim para concluir as festividades. Apresentando-se com Apache Neto no baixo (Diabolical Mental State) e Pedro Mendes na guitarra (W.A.K.O.) terminaram assim esta festa em grande.
Estes novos elementos têm trazido sem dúvida uma lufada de “ar fresco” na banda refletindo-se numa grande coesão e consolidação. Apesar da hora tardia foram muitos os que insistiram em manter-se até ao fim para poder relembrar tão mítica banda. 
Afinal 30 anos são 30 anos e Rui Duarte continua a ter uma grande capacidade de comunicação cativando sempre o público. “Hallelujah” ou “Alone” foram temas cantados por todos no recinto. 
Infelizmente existem regras e não foi possível dar continuidade ao concerto que teve que ser encurtado no seu alinhamento para tristeza de banda e público.

E assim chegamos ao fim de mais uma edição do Casaínhos Fest.

Este ano presenciámos uma grande expansão do evento e talvez por isso houveram algumas situações que deverão ser melhoradas em futuras edições principalmente no que diz respeito à restauração. No entanto o Casaínhos é sempre vivido em espírito de amizade e alegria e apesar de alguns percalços este ano não foi diferente. Além das caras “repetidas”, houveram muitas caras novas também a complementar esta festa fantástica.

Para o ano sem dúvida que seremos (ainda) mais!!

Texto: Margarida Salgado
Fotos/Vídeos: Nuno Santos ( todas as fotos aqui: TARDE | NOITE)

Da nossa parte queremos dar os parabéns à organização pelo enorme sucesso de adesão, e desejar que o evento consiga continuar a crescer, tendo em conta algumas necessidades já referidas motivadas por esse mesmo salto no número de festivaleiros.