A mini tour de lançamento do DVD 10 Unbreakable Years dos Switchtense, após passar pelo Porto e Leiria, terminou em Lisboa com uma casa bem composta de fãs prontos para as hostilidades que se previam.
Das três bandas que tocaram antes dos cabeça de cartaz consegui apenas ver a partir de Primal Attack, a segunda banda a pisar o palco. O espaço estava já bem composto e apesar da oscilação inicial do som, ora muito alto ou muito baixo, lá se conseguiu atingir o equilíbrio e da intensidade que emanava do palco, conseguia-se perceber com nitidez os riffs de guitarra, a voz, as batidas enérgicas. O público reagia com movimento e energia.
Após um curto intervalo, foi a vez dos Angelus Apatrida, vindos de Espanha, subirem ao palco. Começaram com o tema You Are Next e a partir desse momento as hostilidades recomeçaram. A energia de Angelus, apesar de apresentarem um estilo thrash mais tradicional, um pouco diferente das restantes bandas, foi irrepreensível. A nitidez dos instrumentos e a voz ecoavam no espaço que em reboliço se agitava ao som dos temas. Por entre moshes e circle pits a banda desfilava os seus temas entre os quais ia dando palavras de agradecimento, acrescentando inclusive que o publico de Lisboa era o que estava a ser mais participativo da tour.
Em Give 'Em War foi pedido um wall of death, algo que público acedeu de imediato. Em segundos a zona central em frente ao palco ficou vazia, explodindo no momento certo da música, deixando toda a zona central num mar revolto de cabeças e braços que se iam agitando energicamente.
No penúltimo tema, este fazendo parte do seu ultimo trabalho gravado em Portugal, Hugo, o vocalista de Switchtense foi convidado a subir ao palco para cantar com a banda, sentiu-se a coesão e afinidade inerente. Terminaram com Blast Off.
Mais um intervalo se fez, para as respectivas alterações de instrumentos e check sound e chegou o momento dos cabeça de cartaz fecharem a tarde.
Os Switchtense começaram o seu concerto com Face Off e a partir daí o público não parou mais de responder com a mesma energia que emanava do palco. Com garra, intensidade e poder, a banda foi tocando os seus temas com precisão. Os moshes, os circle pits e o crowdsurfing que se ía fazendo a partir do palco foram presença constante.
Hugo aproveitou um momento entre músicas para agradecer a presença do público, das bandas que participaram e do feedback que estavam a ter. Fez também uma pequena observação relativamente ao DVD que lançaram, gravado no Moita Metal Fest do ano passado em que celebraram os seus 10 anos de carreira, e que esperam que continuem a aumentar.