O segundo dia do Vagos Open Air, ao contrário do ano anterior,
foi um belo dia de sol. Aproveitámos para dar um
salto até à praia durante a manhã. Havia transporte à porta do recinto, mas não
foram muitos os aderentes, talvez por desconhecerem ou simplesmente por opção. Após
uma bela manhã de praia e um passeio por Aveiro voltámos ao recinto para mais
uma tarde e noite de peso.
A primeira banda a subir ao palco, foram os portugueses Mindlock , cheios de garra
e energia. Abriram a tarde da melhor maneira, dando logo o embalo para um dia
em grande. O público esteve participativo desde o início e já se encontravam umas
boas dezenas de pessoas na frente do palco. Foi curto mas intenso.
A primeira banda a subir ao palco, foram os portugueses Mindlock
A banda oriunda de Taiwan já se encontrava no
palco para iniciar o concerto quando terão identificado alguns problemas no som,
mas que rapidamente foram resolvidos. Quando os Chthonic começaram, o movimento
na assistência foi quase imediato, tal era a energia que emanava do palco. Provaram,
aos descrentes, que o oriente nos pode proporcionar metal de qualidade e cheio
de potência.
Os Textures
vieram fazer jus ao seu nome quando, a partir do primeiro instante a textura
musical característica da banda, encheu o recinto. A intensidade sentia-se
crescer gradualmente em cada tema e essa foi transmitida ao público. Deu-se o primeiro
e grande circle pit do concerto logo no segundo tema, seguido por Storm Warning. Em Consonante Hemispheres, o vocalista pediu um wall of death e pode-se dizer que foi brutal. Fizeram um regresso ao
passado não muito distante quando tocaram um tema do seu álbum de 2004 Polars, Swandive. Após um concerto enérgico e
potente, com a participação igualmente do público, terminaram com Laments of An Icarus.
Coroner entraram ao som da Intro do tema Golden Cashmere Sleeper e desde então foi-se sentido a energia do
trash old school com uma mistura de trash técnico que acabou por nos envolver
no seu som. O público vibrava e reagia com intensidade. Em Semtex Revolutions, um tema dedicado a todos os terroristas e seres
desprezíveis, o público reagiu à força do mesmo, em turbulência. Terminaram
com Grin (Nail Hurt) mas regressaram ainda para um Encore. Num regresso ao
passado, até ao ano de 86, tocaram o tema The
Invincible da sua primeira Demo Death
Cult.
Uma das bandas muito aguardadas da noite estava
prestes a subir ao palco, os OverKill .
O recinto já estava bem cheio e centralizado à frente do mesmo. O seu início foi
arrebatador, ou não tivessem eles já uns bons anos de experiência. Os riffs e
as batidas eletrizantes integravam-se na perfeição com a voz e a banda que tem
origem nos anos 80, demonstrou que os anos apenas têm continuado a dar mais
vigor e poder cativante. Em Electric
Rattlesanke, o quinto tema da noite, já o público estava ao rubro e nem o
cansaço impediu o seu movimento. O jogo de luzes também esteve sempre muito bem
conseguido e integrado no ambiente old
school. Com direito a um Encore
de três temas terminaram com Fuck You.
Mesmo após as despedidas ainda repetiram uns segundos de “We don’t care what
you say” em uníssono com o público e só depois deram por encerrado o concerto
brutal.
Após recuperação de energia, com uma das belas
bifanas do recinto, foi a vez de Arch Enemy encerrar a noite. Não tão efusivos na entrada como o americanos anteriormente, começaram com o tema Yesterday is Dead and Gone e o público reagiu
imediatamente. No meio de moshes e crowd surfing o público ia cantando os
temas e interagindo com a banda que instigava a anarquia e a revolta. De
bandeira preta hasteada e em punho (semelhante à imagem que está no seu último
álbum, Khaos Legions), Angela, a
vocalista marchava no palco ao som de Under
Black Flags We March. Após esse mesmo tema, foi a vez de pedir uma salva de
palmas ao herói da noite, o baterista, que devido a um infortúnio nesse dia e
de forma a não cancelar o concerto, esteve a tocar com uma mão partida. Dead Eyes See No Future foi um tema com
muita participação por parte do público que acalmou ligeiramente quando Nick
Cordle fez um solo de guitarra, com um pequeno engano pelo meio, mas sem dar
parte fraca. No Gods, No Masters foi
dedicado ao ódio pelos governantes. Nos ecrãs laterais gigantes iam passando imagens
alusivas à anarquia e revolução. Terminaram com Fields Of Desolation mas sem direito a Encore.
Com a saída da última banda o festival começou
a ter o aroma do fim. Foi em pouco tempo que as carrinhas para desmontar o
palco entraram e meteram mãos à obra na desmontagem do mesmo. O som das Dj’s
Twisted Sisters começou a encher o espaço e foi a deixa para irmos terminando
as senhas (palhetas) restantes em copos fresquinhos de cerveja e desfrutar da
companhia dos amigos e as respectivas despedidas. Até para o ano Vagos Open
Air.